
Não é todo dia que um Boeing 737-700, pintado com as cores discretas de uma empresa de fachada — ou talvez seja —, decide dar uma passadinha por São Paulo. Mas foi exatamente isso que aconteceu, e as câmeras de segurança do aeroporto pegaram tudo. A aeronave, um modelo conhecido por ser o cavalo de batalha de operações encobertas, simplesmente apareceu, como quem não quer nada.
O que um avião desses, amplamente ligado a atividades de inteligência, faria pousando em solo brasileiro? A pergunta fica pairando no ar, mais pesada que o próprio jato. Oficialmente, ninguém sabe de nada. Não há declarações, não há registros claros de voo, só aquela imagem silenciosa — e um tanto quanto sinistra — da chegada.
Um Visitante Não Tão Inesperado
Esse não é um avião qualquer, entende? É um Boeing Business Jet, a versão executiva do 737, mas frequentemente adaptado para missões bem específicas. A gente já viu esse mesmo tipo de aeronave, ou muito parecido, envolvido em polêmicas de rendição extraordinária — o famoso ‘programa de voos da CIA’ — e em operações de vigilância global. Dá um arrepio só de pensar.
E sabe o que é mais intrigante? A falta absoluta de explicações. As autoridades brasileiras, até onde se sabe, parecem ter ficado sabendo pela janela. Não há protocolo divulgado, não há justificativa oficial. O avião veio, pousou e… ficou por lá. O que será que eles fizeram aqui? Quem desceu? O que foi carregado ou descarregado?
O Silêncio que Grita
Em um mundo ideal, talvez fosse uma visita de negócios, um executivo importante. Mas a gente não vive num mundo ideal, vive? O histórico desse tipo de aeronave fala mais alto. A Agência Central de Inteligência americana não é exatamente conhecida por fazer turismo. Suas operações, quando descobertas, costumam virar escândalo internacional.
Será que estamos sendo vigiados? É uma operação conjunta da qual não fomos informados? Ou é algo totalmente inocente, e a gente que é paranoico? A verdade é que, sem transparência, a imaginação — e a desconfiança — correm soltas. E com razão.
Enquanto isso, o avião permanece no solo paulista, um elefante branco metálico que ninguém quer admitir que está na sala. E as câmeras, elas continuam gravando. Quem dera elas pudessem falar.