Presidente do Talleres detona Corinthians por dívida milionária não quitada
Talleres cobra dívida milionária do Corinthians

Não é de hoje que o Corinthians — aquele mesmo gigante das glórias eternas — enfrenta apuros financeiros que ecoam além das fronteiras do Brasil. Dessa vez, o calo apertou do lado de cá da América do Sul, mais precisamente em Córdoba, na Argentina.

O presidente do Talleres, Andrés Fassi, simplesmente perdeu a paciência. E não foi pouco. Em declarações que misturam frustração e incredulidade, ele expôs uma dívida que o Timão mantém com o clube argentino — algo em torno de R$ 10 milhões — e que simplesmente não sai do papel.

«A situação é surreal», disparou Fassi, sem rodeios. «Tentamos de tudo: conversas, acordos, renegociações. Mas até agora, nada de concreto. É como se estivéssemos falando sozinhos.»

Uma história que se repete

Parece até déjà vu. O impasse começou ainda em 2022, numa transação envolvendo o meia argentino Brahian Águilar, que trocou o Talleres pelo Corinthians naquele ano. Os valores, inicialmente combinados, simplesmente não foram honrados integralmente pelo lado brasileiro.

E olha, não é pouca coisa. Estamos falando de quase US$ 2 milhões em aberto — uma quantia que, convenhamos, qualquer clube sentiria falta.

O pior? A situação se arrasta. Meses viram anos, e o Talleres segue esperando — e cobrando — aquilo que é seu por direito.

O silêncio que fala mais alto

Enquanto isso, do lado do Corinthians… silêncio. Nada de posicionamentos públicos, nada de comunicados esclarecedores. A diretoria corintiana parece preferir o mutismo, estrategicamente ou não.

Mas será que isso resolve? Para Fassi, definitivamente não. «Cansei de esperar por gestões de boa vontade que nunca chegam», afirmou, com um tom de quem já esgotou todas as alternativas amigáveis.

E agora, o que fazer? A bola parece estar com o Corinthians — mas ninguém sabe, ao certo, se ela ainda rola ou se já parou de vez.

Uma coisa é certa: a imagem do clube paulista no exterior não sai ilesa. Relações internacionais em frangalhos, credibilidade em xeque — e uma dívida que, mais cedo ou mais tarde, vai precisar ser encarada.

Enquanto isso, a torcida… ah, a torcida fica no escuro. Sem respostas, sem transparência. Só com a sensação de que, mais uma vez, o futebol brasileiro patina na lama das próprias dívidas.