A Federação Internacional de Futebol (FIFA) está determinada a expandir o uso do árbitro de vídeo (VAR) para lances de escanteio durante a Copa do Mundo de 2026, que será sediada nos Estados Unidos, México e Canadá. A decisão segue adiante mesmo diante da rejeição expressa das principais ligas de futebol do planeta à proposta.
Decisão polêmica e testes prévios
A informação foi divulgada originalmente pelo site britânico BBC. A ideia de utilizar a tecnologia de vídeo para revisar lances de escanteio foi apresentada em outubro de 2025, após uma reunião do International Football Association Board (IFAB), órgão responsável pelas regras do futebol.
Diante da resistência das ligas, a FIFA planeja promover uma fase de testes em competições que ela mesma organiza antes do grande evento, marcado para junho e julho de 2026. Essa estratégia visa validar o protocolo e a eficácia da revisão nesse tipo específico de lance, que frequentemente envolve disputas de falta e contato físico dentro da área.
Ampliação do escopo do VAR
A mudança não se limitará aos escanteios. Segundo a decisão do IFAB, o VAR também terá autoridade para revisar lances que possam configurar um segundo cartão amarelo, uma inovação que busca maior justiça em situações que podem passar despercebidas pelo árbitro principal em campo.
O principal defensor da medida dentro da FIFA é o chefe de arbitragem da entidade, o italiano Pierluigi Collina. O ex-árbitro, que apitou a final da Copa do Mundo de 2002, argumenta que erros em lances de escanteio são rapidamente identificáveis pelo sistema de vídeo e a comunicação com a equipe de arbitragem pode ser feita de forma ágil, minimizando interrupções no jogo.
Contexto e reações
A implementação representa mais um passo na expansão do uso da tecnologia no futebol. No entanto, o caminho não é consensual. A rejeição das grandes ligas reflete preocupações sobre o ritmo do jogo e a possibilidade de interrupções excessivas.
A Copa do Mundo de 2026 se tornará, portanto, o palco de teste em grande escala para essa nova aplicação do VAR. O sucesso ou os problemas observados durante o torneio provavelmente definirão se a regra será adotada permanentemente e se eventualmente será incorporada pelos campeonatos nacionais.