Corinthians refém do transfer ban: planejamento para 2026 travado
Corinthians refém do transfer ban; planejamento travado

O Corinthians se vê refém de uma situação que paralisa seu departamento de futebol: o banimento de registros de novos atletas, em vigor desde agosto de 2025. A proibição de realizar novas contratações coloca dirigentes e a comissão técnica em um cenário de incerteza e impede avanços concretos no planejamento para a próxima temporada.

Dorival evita falar de reforços e negociações ficam no gelo

O técnico Dorival Júnior tem evitado discutir publicamente possíveis contratações enquanto a punição da FIFA permanecer ativa. A postura do treinador reflete a realidade do clube, que, mesmo monitorando nomes como o atacante Pedro Rocha, não consegue dar passos práticos. O executivo Fabinho Soldado, responsável pela análise de mercado, tenta conter expectativas e admite, internamente, que qualquer progresso depende de uma ação decisiva da diretoria para reverter o banimento.

Elenco desprestigiado pode ficar por falta de reposição

O transfer ban afeta também as saídas. Jogadores que poderiam deixar o Timão ao fim da temporada, aliviando a folha salarial ou sendo usados em trocas, tendem a permanecer porque o clube não pode repor o elenco. Nomes como Félix Torres, Cacá, Charles e José Martínez integram esse grupo. Além disso, atletas emprestados, caso de Alex Santana e Pedro Raul, podem ser reintegrados ao grupo principal se não houver possibilidade de novas contratações para 2026. A comissão técnica não vê com bons olhos a permanência forçada de parte do atual plantel, considerado insuficiente para os desafios futuros.

Planejamento para a próxima temporada já está comprometido

Internamente, a avaliação no núcleo de futebol do Corinthians é de que o planejamento para 2026 está seriamente comprometido. A diretoria aguarda o pagamento da parcela de dezembro do acordo com a Liga Forte União para tentar reverter a punição. No entanto, mesmo que o problema seja solucionado antes do fim do ano, a percepção é de que o clube já perdeu tempo demais na preparação da próxima temporada, ficando em desvantagem no competitivo mercado da bola.

A situação cria um ciclo vicioso: sem poder registrar reforços, o time não se fortalece; sem se fortalecer, fica mais difícil alcançar objetivos esportivos que, por sua vez, impactam as finanças e a capacidade de quitar débitos, mantendo o clube no impasse.