O diretor executivo de futebol da CBF, Rodrigo Caetano, não poupou palavras ao se manifestar sobre as recentes críticas à contratação de técnicos estrangeiros para comandar a seleção brasileira. Em entrevista coletiva, o dirigente classificou como 'discurso perigoso' as declarações que questionam a capacidade de profissionais de outras nacionalidades.
Defesa ferrenha da diversidade
Caetano foi enfático ao defender a pluralidade no comando técnico das seleções nacionais: 'Precisamos entender que o futebol é global. Fechar as portas para conhecimentos externos é um retrocesso que não podemos cometer', afirmou o diretor, visivelmente incomodado com o tom das críticas.
Preocupação com xenofobia
O executivo da CBF expressou preocupação com possíveis undertones discriminatórios nas discussões: 'Quando criamos barreiras baseadas em nacionalidade, estamos caminhando em terreno perigoso. O mérito deve ser a qualidade técnica, não o passaporte'.
Contexto das polêmicas
As declarações de Caetano ocorrem em um momento delicado para a entidade:
- Pressão por resultados após temporada irregular
- Discussões sobre o futuro de Fernando Diniz no comando
- Especulações sobre possíveis substituições estrangeiras
- Debate acalorado nas redes sociais e na imprensa especializada
Posicionamento institucional
O diretor deixou claro que sua fala representa o pensamento da atual gestão da CBF: 'Nosso compromisso é com a excelência, independente de origem. O que importa é trazer o melhor para o futebol brasileiro'.
Impacto no futebol nacional
Especialistas apontam que o debate sobre técnicos estrangeiros reflete uma mudança mais ampla no futebol global:
- Intercâmbio de metodologias tornou-se essencial
- Clubes brasileiros também buscam profissionais internacionais
- Exemplos de sucesso em outras seleções alimentam o debate
- Necessidade de modernização das estruturas técnicas
Caetano finalizou com um apelo à racionalidade: 'Vamos discutir ideias, projetos, conceitos. Não vamos reduzir o debate à nacionalidade. O futebol brasileiro merece mais'.