A Caixa Econômica Federal entrou com uma ação na Justiça Federal de Brasília para cobrar uma dívida de R$ 131 mil do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa. O processo foi impetrado no último dia 21 de novembro.
Dívida pessoal em meio a crise bilionária
Embora Paulo Henrique esteja sendo investigado no esquema financeiro que envolve o Banco Master e o BRB, com estimativa de rombo superior a 12 bilhões de reais, a dívida com a Caixa não tem relação direta com esse caso. Segundo os documentos judiciais, o ex-presidente do BRB realizou gastos em seu cartão de crédito pessoal e não quitou o valor devido, mesmo após tentativas amigáveis de cobrança.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afastou Paulo Henrique do cargo após a Polícia Federal descobrir operações financeiras suspeitas entre as instituições bancárias.
Busca por localização do ex-presidente
A Caixa pediu à Justiça que, caso Paulo Henrique não seja encontrado em seu endereço cadastral, sejam realizadas pesquisas em bancos de dados públicos e cadastros da União e do Poder Judiciário. A instituição financeira solicita ainda que sejam expedidos ofícios à Secretaria da Receita Federal e ao Banco Central do Brasil para localizar o devedor.
Encontrar Paulo Henrique não deve ser difícil para os oficiais de justiça. Nesta segunda-feira, o ex-presidente do BRB tem horário marcado para prestar depoimento na Polícia Federal em Brasília, onde deverá dar explicações sobre as transações com o Banco Master.
Histórico de dívidas bancárias
Esta não é a primeira vez que Paulo Henrique Costa é processado por dívidas bancárias. Em 2023, o Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário também ajuizou ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal para cobrar R$ 49 mil do ex-presidente do BRB. Na ocasião, ele contestou os valores e o negócio não foi concluído.
Procurado para se pronunciar sobre os processos de cobrança, Paulo Henrique Costa preferiu não se manifestar. Seu advogado, Cléber Lopes, também não emitiu qualquer declaração sobre o caso.
O cenário financeiro pessoal do ex-presidente do BRB contrasta com a magnitude do esquema bilionário sob investigação, revelando que além das suspeitas de irregularidades no sistema financeiro, ele também enfrenta problemas com suas próprias contas bancárias.