
Eis que o governador mineiro Romeu Zema — aquele mesmo que virou sinônimo de gestão técnica nos últimos anos — resolveu jogar a toalha no ringue da política nacional. Mas calma, não foi uma desistência. Pelo contrário: ele entrou no jogo de vez.
Num evento mais discreto que reunião de condomínio, Zema anunciou sua pré-candidatura à Presidência em 2026. E olha só o detalhe que não passou batido: nenhuma menção a Bolsonaro. Nada. Zero. Silêncio que dava pra ouvir um alfinete cair no Mineirão.
O anúncio que parecia um não-anúncio
Quem esperava fogos de artifício, discurso inflamado ou até aquela clássica foto abraçado com o ex-presidente... se decepcionou. O evento foi tão low-profile que até os assessores mais próximos pareciam surpresos com a falta de... tudo.
"Vamos construir um Brasil mais eficiente", disse Zema, com aquela voz calma de quem está explicando planilha de Excel. E pronto. Foi basicamente isso. Nenhum ataque, nenhuma aliança explícita, nenhum nome de peso sendo jogado na roda.
E o elefante na sala?
Bolsonaro — que até então era visto como o "candidato natural" da direita — virou o grande ausente do discurso. E aí ficou todo mundo se perguntando: isso foi estratégia calculada ou simplesmente falta de tato político?
Analistas já especulam que Zema pode estar tentando se posicionar como uma "terceira via" dentro do próprio espectro conservador. Algo como "tudo o que você gosta no bolsonarismo, mas sem o estardalhaço". Será que cola?
O que sabemos:
- O evento foi em BH, mas com menos pompa que formatura de ensino remoto
- Nenhum aliado de peso do bolsonarismo apareceu — e isso diz muito
- Zema focou em gestão e resultados, evitando pautas inflamáveis
Enquanto isso, nas redes sociais, os apoiadores de Bolsonaro já começaram aquele mimimi de sempre — uns chamando de traição, outros dizendo que é cedo pra definir apoios. No fundo, todo mundo sabe que essa dança das cadeiras só está começando.
E você, acha que Zema tem chance real ou vai acabar sendo mais um "quase" na política brasileira? A jogada foi astuta ou ingênua? O tempo — e as pesquisas — dirão.