O Congresso Nacional se prepara para uma sessão conjunta decisiva nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, com a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026 na pauta. No entanto, a definição do calendário ainda depende da conclusão do relatório, que não foi divulgado até o momento.
Incerteza marca a pauta de votação
O presidente do Senado e também do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), admitiu que a votação pode ser transferida. A sessão está oficialmente agendada para as 12h desta quinta-feira, mas, segundo Alcolumbre, pode ser adiada até sexta-feira caso o relatório não esteja pronto para análise dos parlamentares.
"Se o relatório não for condensado a ponto de deputados e senadores poderem votar, nós vamos adiando", afirmou o presidente. A declaração reflete a expectativa que ronda o plenário, uma vez que o relator-geral do Orçamento, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), ainda não publicou seu parecer final sobre a proposta.
Os números do Orçamento de 2026
A versão original do PLOA, enviada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, traz números expressivos que guiarão os gastos públicos no próximo ano. A previsão é de uma receita total de R$ 3,27 trilhões em 2026.
Do lado das despesas, a proposta prevê R$ 3,32 trilhões em despesas primárias, valor que não inclui o pagamento de juros da dívida pública. Para investimentos, o governo destinou, em sua proposta inicial, R$ 197,9 bilhões.
Próximos passos e expectativas
Agora, a atenção se volta para o trabalho do relator, deputado Isnaldo Bulhões. Cabe a ele consolidar as emendas apresentadas e produzir o texto final que será submetido ao voto de deputados e senadores em sessão conjunta. A agilidade na conclusão desse documento é crucial para manter o cronograma.
O adiamento da votação, se confirmado, impacta a tramitação do orçamento, um dos instrumentos mais importantes da gestão federal. A definição orçamentária é essencial para o planejamento de ministérios, estados e municípios, que aguardam a liberação de recursos para programas e obras no ano que vem.
O cenário atual exige acompanhamento atento, pois a demora na apresentação do relatório e uma possível mudança de data para a votação mostram os desafios na negociação e fechamento do Orçamento federal.
