
Parece que o tabuleiro político paulista está virando de cabeça para baixo — e com uma força surpreendente. A mais recente sondagem da Quaest, divulgada nesta quarta, joga um balde de água fria (ou talvez quente, dependendo do lado em que se está) na campanha de Geraldo Alckmin.
Tarcísio de Freitas, aquele que até pouco tempo era mais conhecido nos corredores de Brasília do que nas ruas da capital paulista, disparou. Não é pouco: 41% das intenções de voto agora estão com ele. Quase um feito, considerando o cenário fragmentado.
Alckmin patina, e a rejeição? Bem…
Enquanto isso, o ex-governador Alckmin — figura há décadas na política do estado — amarga um segundo lugar distante. Muito distante. 20 pontos percentuais separam os dois. Vinte! Algo que, convenhamos, não se vê todo dia em eleições majoritárias.
E não para por aí. A rejeição ao tucano é simplesmente brutal: 49% dos eleitores afirmam que não votariam nele de jeito nenhum. Um número que deve doer — e muito — no planejamento estratégico de sua campanha.
E os outros? E o Lula?
O resto do campo segue bem atrás. Márcio França (PSB) e Rodrigo Garcia (PSDB) aparecem com números bem mais modestos, quase simbólicos. A sensação é de que a disputa real, pelo menos por agora, se reduziu a uma via de mão única.
Ah, e um dado que não passa despercebido: Lula lidera as presidenciais no estado, com 44% contra 31% de Bolsonaro. Um contraste interessante com a disputa estadual, não? Mostra que o eleitor paulista, tradicionalmente complexo, está separando bem as coisas.
Os números falam por si. Resta saber se essa dianteira colossal se mantém até outubro ou se o jogo ainda pode dar voltas inesperadas. A política, como bem sabemos, é um animal cheio de surpresas.