O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, buscou nesta quarta-feira, 18 de dezembro de 2025, reduzir a percepção de crise entre o Palácio do Planalto e a presidência do Senado. Em entrevista ao programa Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, ele afirmou que o desgaste gerado pela indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) é pontual e não compromete a sólida relação institucional.
Divergência pontual em meio a uma trajetória de colaboração
Randolfe Rodrigues foi enfático ao afirmar que o episódio envolvendo a escolha do novo ministro do STF representa apenas uma divergência específica dentro de um contexto muito mais amplo de cooperação. Segundo o líder governista, a relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), é marcada por mais convergências do que conflitos.
"O governo Lula só tem a agradecer", declarou Randolfe, destacando o papel essencial desempenhado por Alcolumbre desde antes mesmo da posse do atual mandatário. Ele lembrou que o senador pelo Amapá foi uma peça-chave na articulação da PEC da Transição, medida fundamental para recompor o Orçamento herdado do governo anterior e garantir os primeiros passos da nova gestão.
Papel decisivo nas pautas econômicas e na governabilidade
O parlamentar petista fez questão de listar uma série de iniciativas recentes em que a atuação de Davi Alcolumbre foi considerada decisiva pelo Planalto. Entre os exemplos citados, está a aprovação do projeto que reduziu em 10% as desonerações tributárias, uma medida crucial para o fechamento do Orçamento federal de 2024.
Na avaliação de Randolfe, sem a "boa vontade" e a capacidade de articulação do presidente do Senado junto aos parlamentares, o país sequer teria uma peça orçamentária aprovada para o próximo ano. Essa colaboração, segundo ele, tem sido um pilar central para a governabilidade e a execução da agenda econômica do governo Lula.
Sabatina de Messias e a retomada do diálogo em 2025
Sobre a indicação de Jorge Messias, que gerou o atrito recente, Randolfe tratou o fato como algo natural dentro do jogo político. Ele reconheceu o ruído, mas ressaltou que a prerrogativa presidencial de indicar ministros do STF não é capaz de romper alianças institucionais já consolidadas.
O líder do governo confirmou que a sabatina do indicado ao Supremo ficará para a agenda do próximo ano, após o recesso parlamentar. Ele demonstrou confiança na retomada do diálogo entre Lula e Alcolumbre em breve, citando até mesmo a "boa química" existente entre os dois. "O entendimento institucional tende a prevalecer", antecipou.
Perspectivas para 2025: estabilidade em ano pré-eleitoral
Olhando para o próximo ano, que antecede o ciclo eleitoral de 2026, Randolfe Rodrigues avalia que a tendência é de acomodação na relação entre o Executivo e o comando do Senado. Apesar das tensões momentâneas, ele acredita que a parceria segue sustentada por interesses comuns, especialmente na condução da agenda econômica e na busca por estabilidade política no Congresso Nacional.
Para o Planalto, preservar essa linha de interlocução fluida com Alcolumbre será considerado estratégico e essencial em um período que promete intensificar as disputas políticas dentro e fora do Legislativo. A capacidade de costurar acordos e garantir a governabilidade continuará no centro das preocupações do governo.
O conteúdo da entrevista foi produzido com auxílio de inteligência artificial e supervisão humana, resumindo trechos do programa audiovisual Ponto de Vista.