Pesquisa Quaest 2026: Lula lidera, mas cenário é de incerteza total no tabuleiro eleitoral
Pesquisa Quaest 2026: Lula na frente, mas disputa é acirrada

O panorama político para 2026 já começa a esquentar, e a mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (21), joga uma luz — ainda que tremulante — sobre o que podemos esperar. E olha, não é nada simples.

Num primeiro olhar, os números colocam Lula (PT) à frente, com 35% das intenções de voto no primeiro turno. Bolsonaro (PL) vem logo atrás, com 30%. Parece uma distância, mas no xadrez eleitoral, é um pulo. Uma respiração. Um nada.

O jogo do segundo turno: tudo pode acontecer

E é aí que a coisa fica realmente interessante. Quando se simulam os possíveis duelos finais, a disputa fica tão apertada que dá vertigem. Num cenário, Lula venceria com 45% contra 43% de Bolsonaro — uma diferença dentro da margem de erro, aquela famosa faca de dois legumes que deixa qualquer um em suspense.

Mas segura aí que tem mais. Se a eleição fosse hoje, uma fatia enorme de eleitores, 11%, simplesmente não saberia em quem votar ou anularia o voto. Outros 4% não responderam. Traduzindo: o jogo está longe de estar definido. O centro da mesa ainda está completamente em jogo.

Os outros nomes na corrida: quem surge no radar?

É claro que não é só um dueto. A pesquisa ouviu o eleitorado sobre outras figuras que pipocam no noticiário. A governadora de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), aparece com 3%. Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento, tem 2%. E o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) marca 1%.

Nada que ameace, por ora, a polarização que domina o país. Mas são nomes a observar, porque na política, como se sabe, um mês é uma eternidade.

Rejeição: o calcanhar de aquiles de cada um

Agora, o termômetro que realmente quebra termômetros: a taxa de rejeição. Aqui, os dois principais candidatos carregam pesos pesados. Bolsonaro é rejeitado por 50% do eleitorado. Lula não fica muito atrás, com 46% dizendo que não votariam nele de jeito nenhum.

Isso desenha um cenário eleitoral onde conquistar os eleitores indecisos — e convencer os que estão furiosos com o outro lado — será a chave mestra para a vitória. Uma batalha de convencimento e, claro, de paciência.

O trabalho de campo foi realizado entre os dias 16 e 20 de agosto, ouvindo 2.000 eleitores em 120 municípios. A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Ou seja, tudo pode mudar. E provavelmente vai.

Uma coisa é certa: o Brasil se prepara para mais um capítulo intenso de sua vida democrática. E todos nós, de olho.