O senador mineiro Rodrigo Pacheco anunciou nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025, que descartou completamente a possibilidade de concorrer ao governo de Minas Gerais pelo PSD, seu atual partido. A decisão ocorre após a legenda nacional ter definido apoio à candidatura do vice-governador Mateus Simões, aliado do governador Romeu Zema.
Rompimento com o PSD
Rodrigo Pacheco deixou claro que sua eventual candidatura ao Palácio da Liberdade não acontecerá através do PSD. O parlamentar explicou que a cúpula nacional do partido optou por alinhar-se com o projeto político do governo Zema, uma decisão que respeita, mas que inviabiliza sua permanência na sigla caso decida disputar o executivo mineiro.
"A opção do PSD nacional foi ter uma aderência ao projeto do governo Zema. Isso não me incomoda. É uma opção feita pelo partido. E, óbvio, se minha decisão for continuar na política e ser candidato ao governo, não será pelo PSD", afirmou Pacheco em declarações à imprensa.
Definição até o final do ano
O ex-presidente do Senado projetou que tomará uma decisão definitiva sobre seu futuro político ainda em 2025. Pacheco considera fundamental que as definições estejam concluídas antes do início de 2026, permitindo que partidos e eleitores se organizem adequadamente para o pleito estadual.
"Acho que é um prazo razoável para já entrarmos o ano de 2026 com essas definições. O estado precisa ter alternativas de nomes. Os partidos precisam se organizar. Eu acho que é o momento, sim", avaliou o senador.
Reflexão sobre continuidade na política
Pacheco revelou que vem ponderando sobre sua permanência na vida política desde que deixou a presidência do Senado. O parlamentar enfatizou que a decisão sobre disputar ou não eleições precede qualquer questão partidária em sua análise.
"Minha reflexão, desde que eu saí da Presidência do Senado, é sobre a continuidade na política, ou não. Se eu disputarei eleições, ou não. Essa decisão que eu preciso tomar. E ela é mais importante que a questão partidária", explicou.
O senador acrescentou que uma eventual mudança de partido será consequência de uma reflexão "mais ampla" sobre seu projeto político futuro, indicando que qualquer transição para nova legenda levará em conta aspectos programáticos e de afinidade ideológica.