
O clima no Congresso Nacional tá daqueles que até café esquenta mais devagar. Rodrigo Pacheco, que normalmente joga com cartas na manga, resolveu botar as cartas na mesa — e olha que algumas eram do baralho pesado.
Numa virada que deixou até os mais cascudos de sobrancelha em pé, o presidente do Senado disparou críticas que ecoaram pelos corredores do poder. "Tem gente aqui que acha que instituição é banco de peixe", soltou, misturando metáfora com indignação genuína.
O inusitado: PT dando corda
Eis que surge o fator surpresa: parte da bancada petista, aquela mesma que normalmente faz oposição até ao vento que sopra contra, deu sinais de concordância. "Quando o diabo torce o rabo...", comentou um deputado veterano, pedindo anonimato com medo de parecer elogio.
- Pacheco criticou abertamente a "politicagem barata" de setores bolsonaristas
- Disse que o Congresso "não é balcão de negócios" para interesses pessoais
- Reclamou da "indústria de fake news" que ataca instituições
O detalhe saboroso? Enquanto isso, nas redes sociais, os apoiadores de Bolsonaro tratavam o discurso como "traição", e os petistas moderados — sim, eles existem — davam like discretamente. Política brasileira nunca foi preto no branco, mas esse cinza tá com tonalidade nova.
Por trás dos panos
Fontes próximas ao Planalto sussurram que há cálculo nesse posicionamento. Pacheco, que já foi visto como "homem de Bolsonaro", parece estar costurando nova imagem — talvez mirando 2026? Enquanto isso, o PT, que nunca perde chance de jogar sal na ferida alheia, viu aí oportunidade de dividir o campo opositor.
Numa Brasília onde alianças duram menos que sorvete no sol, uma coisa é certa: o jogo político acabou de ganhar novas peças no tabuleiro. E dessa vez, até as regras parecem ter mudado.