Marina Silva e Sônia Guajajara se reúnem com Fundação Lemann em SP: qual o futuro da educação e meio ambiente?
Ministras se reúnem com Fundação Lemann em SP

O cenário era dos mais improváveis — um restaurante requintado na Vila Madalena, coração boêmio de São Paulo, serviu de palco para uma conversa que pode definir rumos importantes para o Brasil. E olha que não era um encontro qualquer.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, cruzaram caminhos com Jorge Paulo Lemann e sua esposa, Susanna, em um daqueles almoços que misturam política, negócios e — por que não dizer? — esperança.

O que estava em jogo?

Bom, se você pensa que era só mais um evento protocolar, está redondamente enganado. As conversas giraram em torno de dois eixos principais: educação e sustentabilidade. Dois pilares que, convenhamos, andam meio capengas no Brasil ultimamente.

A Fundação Lemann — que já investiu bilhões em educação no país — parece estar ampliando seu leque de interesses. E não é pouco. Estamos falando de iniciativas que podem impactar milhões de brasileiros.

Os detalhes que fazem diferença

O encontro aconteceu na última quarta-feira, mas só agora as informações vazam — e causam certo rebuliço nos círculos políticos. O que me chamou atenção foi a informalidade do evento. Nada daqueles trajes engomados e discursos ensaiados.

Susanna Lemann, uma das anfitriãs, demonstrou genuíno interesse nas causas indígenas. Sônia Guajajara, por sua vez, mostrou toda sua habilidade política ao equilibrar firmeza nas convicções com abertura ao diálogo. Difícil mesmo era não notar a sintonia entre as duas ministras — algo raro no cenário político atual.

E as perspectivas?

Parece que estamos diante de uma daquelas raras oportunidades onde todos saem ganhando. O governo precisa de parcerias para implementar suas políticas — e a Fundação Lemann tem tanto recursos quanto expertise.

Mas cá entre nós: será que essa aproximação entre setor público e iniciativa privada vai realmente dar certo? O histórico não é dos mais animadores, mas talvez — apenas talvez — estejamos testemunhando uma virada de página.

O que me deixa otimista é ver pessoas de visões tão distintas conseguindo se encontrar — literalmente — em meio aos pratos sofisticados e conversas sérias. Afinal, se não for através do diálogo, como vamos resolver os problemas do país?

Resta esperar para ver se desses encontros nascerão ações concretas — ou se ficará apenas nas intenções. O Brasil, convenhamos, já está cansado de promessas.