Lula busca união do BRICS contra tarifas dos EUA: o que está em jogo?
Lula quer BRICS unido contra tarifas comerciais dos EUA

Numa jogada que mistura diplomacia e pragmatismo econômico, o presidente Lula está costurando uma reação em bloco contra o que muitos veem como um protecionismo disfarçado vindo dos Estados Unidos. A questão? Aquelas tarifas que estão deixando nossos produtos encalhados nos portos.

"Não adianta cada um tentar resolver sozinho", disparou um assessor próximo ao Planalto, enquanto ajustava a gravata num gesto quase teatral. A ideia é simples — mas nem por isso fácil: fazer com que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (o famoso BRICS) falem a mesma língua na próxima cúpula.

O xadrez comercial

Enquanto isso, nos corredores do Itamaraty, o clima é de calculismo. Alguns defendem cautela — "vai que a gente pisa no calo errado" —, enquanto outros apostam todas as fichas numa resposta firme. Afinal, desde 2023, as exportações de aço e alumínio brasileiros levaram um tombo de quase 18% por causa dessas barreiras.

  • Setor automotivo: 25% de tarifa sobre peças
  • Agronegócio: cotas reduzidas para suco de laranja
  • Têxtil: taxação extra sobre algodão

Não é brincadeira. Como diria aquele economista que sempre aparece na GloboNews: "Quando os EUA espirram, o mundo pega pneumonia". Só que desta vez, o BRICS parece disposto a passar um Vick VapoRub nessa história toda.

E os números?

Pois é. Enquanto o governo brasileiro fala em "prejuízos bilionários", os americanos rebatem com aquela velha ladainha sobre "proteção ao mercado interno". Conveniente, não? Só que aqui vai um dado que faz pensar: no último ano, o comércio entre BRICS e EUA cresceu 7,2% — mesmo com as tarifas. Imagina sem...

O que me leva a questionar: será que essa jogada do Lula é puro blefe ou temos mesmo chance de virar o jogo? A resposta pode estar num detalhe que pouca gente nota — a China anda incomodada com essas medidas também. E quando o dragão acorda irritado, até o Tio Sam presta atenção.