Especialista aponta falha diplomática em tarifação: 'Bater de frente foi insensatez'
Falha diplomática em tarifação foi "insensatez", diz especialista

Parece que a gente nunca aprende, não é mesmo? Enquanto o mundo joga xadrez geopolítico, o Brasil insiste em jogar pedra na vidraça alheia. Foi o que aconteceu nessa última rodada de tarifas — e olha, o estrago pode ser maior do que se imagina.

Diplomacia no modo kamikaze

"Foi pura insensatez", dispara o especialista em relações internacionais Carlos Mendonça, com aquela cara de quem viu o trem descarrilar em câmera lenta. Segundo ele, a estratégia de "bater de frente" com os parceiros comerciais foi equivalente a "atirar no próprio pé com uma bazuca".

E não é que ele tem razão? Quando a gente olha os números:

  • Queda de 12% nas exportações do agronegócio só no último mês
  • Retaliações que podem custar até US$ 4 bilhões ao ano
  • Relacionamentos comerciais que levaram décadas para construir, indo por água abaixo

O que deu errado?

Mendonça explica, com a paciência de quem já viu esse filme antes: "Quando você chega na mesa de negociação aos berros, antes mesmo de sentar, já perdeu metade da batalha". A falta de sutileza diplomática — aquela arte de "falar sem dizer" — teria sido o calcanhar de Aquiles da estratégia brasileira.

E o pior? Enquanto isso, nossos concorrentes sul-americanos aproveitaram para fazer bonito. O Chile, sempre sorrateiro, fechou três acordos bilaterais na surdina. A Argentina — sim, aquela Argentina em crise — conseguiu renegociar suas dívidas com mais elegância que um tango.

E agora, José?

"Tem conserto? Claro que tem", afirma Mendonça, embora com um suspiro que denuncia certo ceticismo. "Mas vai exigir um reset completo na abordagem. Menos machismo geopolítico e mais jogo de cintura."

Entre os passos urgentes:

  1. Retomar canais informais de diálogo (aqueles jantares discretos que evitam constrangimentos públicos)
  2. Montar uma equipe de crise com gente que realmente entende de comércio exterior
  3. Parar de tratar política externa como bravata de boteco

No fim das contas, como diria meu avô, "gritar não é argumento". E o Brasil, parece, ainda não aprendeu essa lição básica da diplomacia. Vamos torcer para que os próximos capítulos sejam escritos com mais tato — e menos machadadas.