
Numa reviravolta que deixou muitos de queixo caído, um ex-alto escalão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) — que ocupou cargo estratégico durante o governo Bolsonaro — resolveu puxar o tapete do senso comum e soltou um elogio de cair o queixo à administração de Dilma Rousseff. E olha que não foi aquela coisa meia-boca, não.
"Tem coisas que a gente só enxerga com o tempo", disparou o ex-diretor, que preferiu não se identificar — mas sabe-se lá por quê, todo mundo já sabe quem é. Segundo ele, alguns aspectos da gestão Dilma, especialmente na área de infraestrutura rodoviária, "não receberam o devido reconhecimento".
O que exatamente ele elogiou?
Pra quem tá se perguntando qual foi o "ponto positivo" que esse cara achou no governo que sofreu impeachment, aí vai:
- Investimentos em tecnologia para fiscalização nas rodovias
- Modernização de postos da PRF em regiões estratégicas
- Programas de capacitação continuada para agentes
Não é que o sujeito tá dizendo que era tudo mil maravilhas — longe disso. Mas reconhecer qualquer coisa positiva num governo que virou quase um xingamento no vocabulário político? Isso sim é novidade.
E a reação dos bolsonaristas?
Ah, meu amigo... As redes sociais viraram um verdadeiro circo. De um lado, os apoiadores mais fervorosos do ex-presidente chamando o cara de "traidor". Do outro, petistas comemorando como se tivessem ganho na loteria.
E no meio disso tudo, o ex-direitor lá, provavelmente se perguntando se valeu a pena soltar essa bomba. Porque convenhamos — no Brasil polarizado de hoje, elogiar o "inimigo político" é quase como pular de paraquedas sem verificar se o equipamento tá ok.
O que fica claro é que, por trás de toda essa confusão, existe uma verdade inconveniente: política pública não é preto no branco. Às vezes — só às vezes — até governos impopulares acertam em alguma coisa. Difícil é admitir isso quando estamos mergulhados até o pescoço em brigas ideológicas.