
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está prestes a votar uma série de mudanças no Código Eleitoral brasileiro, com destaque para dois temas polêmicos: a manutenção da Lei da Ficha Limpa e a reserva de vagas para mulheres na política.
O que está em jogo?
O relator da proposta, senador Esperidião Amin (PP-SC), apresentou um texto que mantém a essência da Ficha Limpa, impedindo a candidatura de políticos condenados por crimes graves. A medida, que já é lei desde 2010, continua sendo um dos principais instrumentos de combate à corrupção no país.
Cotas para mulheres: avanço ou retrocesso?
Outro ponto crucial da reforma é a questão das cotas para mulheres. O projeto prevê a reserva de 30% das vagas em partidos políticos para candidatas, uma tentativa de aumentar a representatividade feminina na política brasileira, que ainda é baixa.
"Precisamos garantir que as mulheres tenham espaço real na política, não apenas nominações simbólicas", defendeu a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), uma das principais vozes a favor da medida.
Próximos passos
Se aprovada na CCJ, a proposta segue para o Plenário do Senado. Depois, precisará passar pela Câmara dos Deputados antes de virar lei. Analistas políticos acreditam que o processo pode se arrastar até 2025, dependendo das negociações entre os partidos.
Enquanto isso, organizações da sociedade civil pressionam por avanços na reforma política, argumentando que o Brasil precisa modernizar seu sistema eleitoral para combater a desigualdade de gênero e a corrupção.