O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), reafirmou nesta sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, que mantém sua pré-candidatura à Presidência da República. A declaração foi dada após o anúncio oficial de Jair Bolsonaro de lançar o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como candidato ao Planalto.
Respeito à decisão, mas firmeza na disputa
Em publicação na rede social X, antigo Twitter, Caiado comentou a movimentação política da família Bolsonaro. Ele afirmou respeitar a escolha do ex-presidente, mas deixou claro que não desistirá de seus planos eleitorais.
"É uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com sua família, e cabe a todos nós respeitá-la. Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro", escreveu o governador. Em seguida, completou: "Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros".
Cenário político se define para 2026
A decisão de Bolsonaro põe fim a meses de especulação sobre seu próprio possível retorno à disputa, uma narrativa que foi perdendo força diante de obstáculos jurídicos. O anúncio sobre Flávio foi feito nesta sexta-feira, após semanas de rumores.
Ronaldo Caiado foi o primeiro a oficializar, ainda em abril de 2025, a intenção de concorrer à Presidência. No entanto, ele não será o único nome do campo da direita e centro-direita a buscar espaço. A disputa inclui outros governadores com alta visibilidade nacional:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, considerado um dos principais herdeiros políticos de Bolsonaro.
- Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.
- Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná.
- Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul.
Pesquisa aponta desafio para Flávio Bolsonaro
Um levantamento do instituto AtlasIntel, divulgado na terça-feira, 2 de dezembro, já projetava um cenário difícil para uma candidatura de Flávio Bolsonaro. Na simulação de segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista venceria com 47,3% contra 23,1% do senador. Essa foi uma das maiores vantagens identificadas entre todos os cenários testados pela pesquisa.
Com a definição da candidatura de Flávio, o campo oposicionista começa a tomar forma de maneira mais concreta, embora a fragmentação entre vários pré-candidatos de peso ainda seja um dos principais desafios para a direita na busca por unidade visando às eleições de 2026.
