Alckmin Revela: Empresários Brasileiros Fizeram Ponte com Trump em Meio a Inauguração da LATAM
Alckmin revela papel de empresários em aceno de Trump

O clima em São Carlos era de expectativa — daqueles que se sente no ar quando algo importante está prestes a acontecer. E aconteceu. Na inauguração do novo hangar de manutenção da LATAM, o vice-presidente Geraldo Alckmin soltou uma daquelas declarações que fazem repórteres levantarem as sobrancelhas e anotarem rápido.

Numa conversa franca, quase de corredor, Alckmin revelou que o empresariado brasileiro atuou como uma espécie de ponte discreta no recente aceno diplomático de Donald Trump. Sim, o mesmo Trump. E isso não veio por acaso: foi durante os preparativos para esse evento multimilionário que as conversas ganharam corpo.

Um Hangar que Virou Palco Político

O novo complexo da LATAM não é qualquer obra. Com capacidade para até três aeronaves wide-body simultaneamente, o espaço representa um salto na aviação nacional. Mas ontem, mais do que jatos, o que pousou ali foram expectativas econômicas e políticas.

Alckmin, com aquela serenidade que lhe é característica — mas com um brilho nos olhos de quem sabe que está falando algo relevante —, deixou claro: “O setor privado brasileiro teve um papel essencial”. E não foi um elogio vago. Foi um reconhecimento tático.

Os Bastidores do Aceno Trumpista

Como isso teria funcionado? Pelos meandros das relações internacionais, sabe-se que empresários de ambos os países mantêm canais abertos mesmo quando os governos titubeiam. E parece que, desta vez, esses diálogos renderam frutos concretos.

Não foi um tratado formal, claro. Mas um sinalização positiva vinda de uma figura como Trump — especialmente em ano eleitoral americano — não cai do céu. Requer trabalho de base. E quem fez esse trabalho, segundo Alckmin, foram nossos empreendedores.

  • Investimento Concreto: O hangar em São Carlos representa R$ 200 milhões em investimentos e deve gerar 300 empregos diretos. Um sinal de confiança no Brasil.
  • Diálogo Discreto: Enquanto os holofotes estavam nas declarações oficiais, nos bastidores corriam conversas sobre comércio, investimentos e — quem diria — diplomacia.
  • Timing Estratégico: A inauguração serviu como palco perfeito para esse anúncio, misturando concretude econômica com nuances políticas.

E o que significa esse “aceno” de Trump? Alckmin foi cauteloso, mas otimista. “São sinais que o mundo empresarial sabe decifrar”, comentou, sugerindo que pode haver abertura para novos capítulos na relação bilateral.

Além do Céu de São Carlos

O evento, claro, tinha tudo para ser mais uma cerimônia corporativa. Mas transformou-se num caso interessante de como a economia e a política se entrelaçam — muitas vezes longe dos holofotes.

Enquanto as autoridades cortavam a fita, aviões eram revisados ao fundo. Uma metáfora quase óbvia: assim como as aeronaves precisam de manutenção para voar, as relações internacionais precisam de canais abertos para funcionar. E ontem, em São Carlos, ficou claro que o empresariado brasileiro está sendo um mecânico diplomático bastante eficiente.

Resta saber se esse aceno inicial se transformará em voos concretos. Mas, pelo menos, a pista — ou melhor, o hangar — está pronta.