61% dos brasileiros rejeitam candidato que prometa libertar Bolsonaro e acusados de golpe, revela Datafolha
61% rejeitam candidatos pró-Bolsonaro, mostra Datafolha

O Brasil parece ter feito sua escolha — e ela não inclui saídas fáceis para quem tentou rasgar a Constituição. Uma pesquisa Datafolha recém-divulgada jogou um balde de água fria nos planos de certos grupos políticos: 61% dos entrevistados afirmaram que não votariam em candidato que prometa livrar Jair Bolsonaro e seus aliados das acusações de tentativa de golpe.

Os números que mudam o jogo

Quando a margem passa dos 60%, já não se trata mais de opinião — vira quase um mandato popular. E olha que a rejeição corta across the board: homens e mulheres, jovens e idosos, todas as regiões mostram padrão similar. Só 23% disseram que considerariam esse tipo de proposta, enquanto 16% ficaram naquele "não sei" que sempre deixa espaço para surpresas.

"Isso aqui é um recado claro", analisa o cientista político Carlos Melo, num daqueles comentários que dispensam PowerPoint. "O eleitor médio brasileiro, mesmo os desencantados com a política, não está disposto a recompensar quem brincou com fogo nas instituições."

O que está em jogo

  • Processos contra Bolsonaro avançam no STF e TSE
  • Aliados do ex-presidente enfrentam investigações por suposta articulação golpista
  • Candidatos pró-Bolsonaro testam narrativas de "perseguição política"

Curiosamente — e aqui vem a cereja do bolo — a rejeição é ainda maior entre eleitores de 25 a 34 anos (67%) do que na faixa acima de 60 (54%). Quem diria, hein? A geração que cresceu com internet parece menos tolerante com aventuras autoritárias do que os que viveram a ditadura militar.

O levantamento foi feito entre 29 e 31 de julho, com 2.028 entrevistas em 147 municípios. Margem de erro? Dois pontos pra mais ou pra menos — ou seja, suficiente pra enterrar qualquer dúvida sobre a tendência majoritária.

O eleitor fala, a política escuta?

Nos bastidores, partidos já remexem suas estratégias. "Tem gente que vai ter que escolher entre a lealdade a Bolsonaro e a chance real de ganhar eleição", confessa um deputado que pediu anonimato — porque, convenhamos, ninguém quer queimar a língua antes da hora.

Enquanto isso, nas redes sociais... Bom, aí é outra história. Os algoritmos continuam alimentando bolhas onde a narrativa da "vítima política" ainda colhe likes e compartilhamentos. Mas será que engajamento virtual se traduz em voto? A pesquisa sugere que não.

Uma coisa é certa: o tema vai dominar o noticiário político nas próximas semanas. E você, leitor, o que acha? Será que os partidos vão ler esses números direito ou vão insistir no erro?