
Parece que a paciência acabou. Aloizio Mercadante, o homem que comanda os cordões da bolsa do BNDES, soltou o verbo esta semana sobre um assunto que, vamos combinar, não é mais questão de opinião - é de sobrevivência.
Em um evento que reuniu mentes preocupadas com nosso futuro no planeta, Mercadante foi direto ao ponto: o combate ao negacionismo climático precisa voltar com força total à pauta. E rápido.
O Jogo Está Mudando - Para Pior
O que ele vê pela frente não é bonito. Segundo Mercadante, estamos testemunhando uma espécie de retrocesso ambiental que chega a dar calafrios. "Temos observado movimentos preocupantes de desmonte", alertou, com aquela seriedade de quem acompanha os números de perto.
E não é exagero. Dá uma olhada no que está acontecendo:
- Descredibilização da ciência climática (como se fatos fossem questão de gosto)
- Enfraquecimento de políticas ambientais conquistadas a duras penas
- Um certo "vale-tudo" contra evidências sólidas como rocha
Parece piada, mas é a nossa realidade. E o pior? Enquanto discutem o óbvio, o relógio não para.
BNDES na Linha de Frente
Aqui é onde a coisa fica interessante. Mercadante deixou claro que o BNDES não vai ficar de braços cruzados. O banco, que já financia projetos verdes na casa dos bilhões, quer ampliar ainda mais seu papel nessa batalha.
"Temos instrumentos poderosos para induzir a economia verde", explicou. E não é blá-blá-blá - estamos falando de recursos que podem literalmente mudar o jogo.
Mas tem um porém: de nada adianta dinheiro se a mentalidade não muda. É aí que entra a parte mais complicada do trabalho.
Educação Como Antídoto
Mercadante foi sagaz ao apontar o caminho. Para ele, a saída passa necessariamente pela educação - e não só a formal. Precisamos, urgentemente, de uma alfabetização climática na sociedade.
"As pessoas precisam entender que isso mexe com o bolso, com a saúde, com o dia a dia", argumentou. E faz todo sentido - quando você percebe que as mudanças climáticas afetam desde o preço do pão até a qualidade do ar que seus filhos respiram, a coisa fica pessoal.
É como dizem: quando a água bate na bunda, a teoria vira prática.
Um Alerta Que Soa Como Ultimato
O tom de Mercadante não era de conversa fiada. Havia uma urgência nas palavras que deveria servir de alerta para todos nós. O momento é de união de forças - governo, setor privado, academia, sociedade.
"Não podemos perder o bonde da história", resumiu. E que bonde é esse? O da transição para uma economia de baixo carbono, claro.
Enquanto alguns ainda discutem se o problema existe, países sérios já correm atrás das oportunidades. O Brasil, com toda sua biodiversidade e potencial, não pode ficar para trás nessa corrida.
No fim das contas, a mensagem de Mercadante é clara: ou a gente encara a realidade climática de frente, ou a realidade vai nos encarar - e duvido que vai ser gentil.