
Parece que a gente vive num daqueles filmes de ficção científica onde o relógio não para de correr contra a humanidade. Só que dessa vez, a ameaça é bem real. Marina Silva, nossa ministra do Meio Ambiente, voltou à carga com um assunto que não pode mais ser empurrado com a barriga: a crise climática.
Numa fala que misturava a seriedade de quem já viu muita coisa com a urgência de quem sabe que o tempo está se esgotando, ela foi direta ao ponto. "Não temos tempo a perder" — essa frase ecoou mais forte que todas as outras. E sabe o que é pior? Ela tem toda razão.
O que é esse tal mutirão climático?
Imagine uma daquelas antigas mutirões de construção de casas, onde todo mundo se junta para levantar paredes e colocar o telhado. Agora transporte isso para escala planetária. É basicamente isso: uma cooperação internacional onde países, empresas e sociedade civil trabalham juntos contra um inimigo comum.
Marina foi categórica: "Precisamos agir coletivamente, com ações concretas e imediatas". E olha, não é discurso vago não. Ela citou números, metas, prazos — coisa de quem não está brincando de fazer política ambiental.
O Brasil no centro do debate
Ah, o nosso país... Temos a maior floresta tropical do mundo, uma biodiversidade que é praticamente um tesouro nacional, mas também somos um dos maiores emissores de gases do efeito estufa. Que contradição, não?
A ministra deixou claro que o Brasil tem "responsabilidade histórica" nesse processo todo. Mas também enxerga uma oportunidade única de liderar pelo exemplo. Ela falou sobre combate ao desmatamento, transição energética, economia verde — parece que finalmente alguém decidiu levar a sério nosso potencial.
E tem mais: Marina não mediu palavras ao criticar o que chamou de "discurso vazio" de alguns países. Na visão dela, já passou da hora de transformar promessas em ação. "Não adianta ficar só no blá-blá-blá climático", disparou, com aquela franqueza que a caracteriza.
Por que isso importa agora?
Você deve estar pensando: "Mas esse papo de clima já vem há anos". Pois é, vem mesmo. Só que a diferença é que agora os cientistas estão praticamente gritando. Os eventos extremos se multiplicam, as temperaturas batem recordes atrás de recordes — a natureza está mandando a conta.
- Secas históricas no Sul
- Chuvas torrenciais no Nordeste
- Calor insuportável nas grandes cidades
- E a Amazônia... bem, a Amazônia é um capítulo à parte
Marina foi enfática: "As mudanças climáticas não são uma ameaça futura. Elas já estão acontecendo aqui e agora". Dá para sentir na pele, literalmente.
E o que podemos esperar?
Bom, se depender da ministra, não vai ser mais aquela história de fazer de conta. Ela adiantou que o governo está preparando uma série de medidas — algumas polêmicas, outras consensuais — para colocar o Brasil nos trilhos da sustentabilidade.
Mas ela fez questão de ressaltar: "Não é só papel do governo". Empresas, comunidades, cada um de nós tem seu quinhão de responsabilidade. Parece clichê, mas é a mais pura verdade.
O mutirão climático, na visão dela, precisa ser exatamente isso: um esforço de todos. Do produtor rural em Rondônia ao executivo em São Paulo, do ribeirinho no Pará ao universitário no Rio.
Enfim, o recado foi dado. E com uma clareza que dá até esperança — ou pelo menos tira a gente da letargia. Resta saber se vamos ouvir antes que seja tarde demais.