Em um discurso contundente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se defendeu das críticas sobre a autorização de testes petrolíferos na Foz do Amazonas. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, onde o mandatário reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável do país.
Transparência acima de conveniências políticas
Lula foi enfático ao afirmar que não esperaria a Conferência do Clima da ONU (COP) para anunciar os testes na região. "Eu seria um líder falso se esperasse a COP para fazer o anúncio. O governo não pode ficar escolhendo datas convenientes para tomar decisões importantes", declarou o presidente.
O mandatário destacou que sua administração tem sido transparente sobre as ações na área ambiental e que todas as medidas estão dentro dos parâmetros legais e de sustentabilidade exigidos pelos órgãos fiscalizadores.
Equilíbrio entre desenvolvimento e preservação
Segundo Lula, o Brasil precisa encontrar o ponto ideal entre exploração econômica responsável e proteção ambiental. "Não podemos abrir mão da soberania nacional sobre nossos recursos, mas também não podemos descuidar da preservação", argumentou.
O presidente lembrou que a Petrobras segue rigorosos protocolos de segurança e que os testes na Foz do Amazonas são etapas preliminares de pesquisa, sujeitas a aprovações posteriores dos órgãos ambientais.
Contexto da polêmica
A região da Foz do Amazonas é considerada uma das fronteiras exploratórias mais promissoras do país para petróleo e gás. No entanto, ambientalistas alertam para os riscos de vazamentos em um ecossistema sensível e biodiverso.
O anúncio dos testes ocorreu semanas antes da COP28, gerando críticas de organizações não-governamentais que esperavam um posicionamento mais conservador do governo brasileiro em relação à exploração de combustíveis fósseis.
Compromissos mantidos
Lula finalizou reafirmando que o Brasil cumprirá todas as metas ambientais assumidas internacionalmente e que continuará sendo referência no combate ao desmatamento e na promoção de energias renováveis.
"Nosso governo prova que é possível pensar no desenvolvimento sem abrir mão da sustentabilidade. Essa é a marca da nova política ambiental brasileira", concluiu o presidente.