O sucesso da COP-30, que será realizada em Belém no final de 2025, está diretamente vinculado à criação do Fundo Nacional para Florestas Tropicais. O alerta foi feito pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), relator da proposta no Congresso Nacional.
O que está em jogo
Segundo o parlamentar, a implementação deste fundo não é apenas uma questão ambiental, mas uma estratégia geopolítica crucial para o Brasil. "Precisamos chegar na COP-30 com o fundo já aprovado e em funcionamento. Isso demonstrará ao mundo nossa seriedade no combate ao desmatamento", afirmou Carvalho em entrevista exclusiva.
Os números do desafio
O projeto em análise no Senado prevê um fundo com potencial de captar até R$ 100 bilhões em recursos, provenientes de diversas fontes:
- Doações internacionais de países desenvolvidos
- Investimentos privados em projetos sustentáveis
- Recursos de organismos multilaterais
- Financiamento de projetos de carbono verde
Por que a pressa?
O timing é fundamental. A COP-30 em Belém representa uma oportunidade histórica para o Brasil reassumir a liderança nas discussões climáticas globais. "Sem o fundo operacional, perderemos credibilidade perante a comunidade internacional", alerta o senador.
Benefícios diretos para comunidades
O fundo não será apenas mais uma estrutura burocrática. Seus recursos serão destinados a:
- Projetos de conservação florestal em territórios indígenas e comunidades tradicionais
- Desenvolvimento de bioeconomia na região amazônica
- Pagamento por serviços ambientais para populações locais
- Fiscalização e monitoramento de áreas protegidas
O cenário político
A proposta já conta com apoio do governo federal, mas enfrenta resistências no Congresso. Rogério Carvalho, no entanto, mostra-se otimista: "Estamos construindo consensos. Os parlamentares entendem que este não é um projeto de um governo, mas do Estado brasileiro".
O legado da COP-30
Além dos benefícios ambientais imediatos, a conferência pode consolidar Belém como capital global da sustentabilidade. A cidade se prepara para receber mais de 30 mil delegados de quase 200 países, em um evento que deve movimentar a economia local e projetar a região internacionalmente.
O relator finaliza com um apelo: "A criação do fundo é nossa moeda de troca para mostrar ao mundo que o Brasil está comprometido de fato com a preservação de suas florestas. A COP-30 será nosso teste de fogo".