Felipe Prior é absolvido em segunda instância por estupro em Votuporanga
Ex-BBB Felipe Prior absolvido em caso de estupro de 2015

A Justiça de São Paulo decidiu, na última sexta-feira (5), absolver o arquiteto e ex-participante do Big Brother Brasil 20, Felipe Prior, da acusação de estupro de uma mulher ocorrido em Votuporanga, interior paulista, em fevereiro de 2015. A decisão foi tomada em segunda instância, revertendo uma condenação anterior de seis anos de prisão em regime fechado.

Decisão judicial e recurso da defesa da vítima

Os desembargadores entenderam que não havia provas suficientes para manter a condenação imposta na primeira instância. O processo corre em segredo de Justiça. Com essa nova decisão, o quadro processual de Felipe Prior agora inclui quatro casos de estupro, com os seguintes desfechos:

  • Absolvido no caso de Votuporanga (2015).
  • Absolvido no caso do InterFAU em Itapetininga (2018).
  • Condenado a oito anos em regime semiaberto pelo estupro de 2014 (recurso no STJ).
  • Aguardando julgamento por suposto estupro em festa universitária em Biritiba Mirim (2018).

Os advogados da vítima do caso de Votuporanga, Maurício Stegemann Dieter e Maira Machado Frota Pinheiro, manifestaram decepção com o resultado e anunciaram que vão recorrer da decisão. Em nota, afirmaram que o acórdão "desconsidera um conjunto probatório robusto e coerente" e que a decisão causou sofrimento profundo à sua cliente, revivendo seus traumas.

Relembre os outros casos envolvendo o ex-BBB

Condenação em 2014: Em setembro de 2024, Felipe Prior foi condenado em segunda instância a oito anos de prisão em regime semiaberto pelo estupro de uma jovem após uma festa, em 2014. Ambos moravam na Zona Norte de São Paulo e estudavam na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Segundo a denúncia, após levar uma amiga para casa, Prior teria estuprado a vítima, que estava alcoolizada e não conseguiu reagir. A defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Absolvição em 2018: Em maio deste ano, a Justiça também absolveu Prior de acusações de estupro durante o InterFAU, evento de arquitetura em Itapetininga, em setembro de 2018. A vítima alegou que o ex-BBB se aproveitou de sua embriaguez para praticar atos libidinosos e conjunção carnal com violência, mesmo diante de seu choro.

Processo pendente e repercussão

Além dos casos julgados, Felipe Prior ainda aguarda o desfecho de um quarto processo, referente a uma denúncia de estupro durante uma festa universitária em Biritiba Mirim, também em 2018. A sequência de processos e decisões judiciais divergentes mantém o ex-participante do BBB no centro de debates sobre violência sexual e justiça.

A trajetória judicial de Prior ilustra a complexidade de casos de estupro, onde as decisões podem variar conforme a interpretação das provas apresentadas. Enquanto a defesa celebra a absolvição no caso de Votuporanga, a acusação se prepara para novos recursos, demonstrando que o litígio está longe de um fim definitivo.