Caso de estupro na OAB-SE tem desfecho com absolvição
O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) absolveu nesta quinta-feira (20) um advogado que era investigado pela suspeita de estupro contra sua colega de profissão, Bruna Hollanda. A informação foi confirmada tanto pela defesa quanto pela acusação, encerrando um caso que causou grande repercussão na Ordem dos Advogados do Brasil seccional Sergipe.
Defesa comemora resultado da sentença
Segundo o advogado de defesa, Osny Campos, a equipe considera o resultado da sentença satisfatório. A tese defensiva sempre foi muito robusta e contundente, afirmou Campos em entrevista. Desde o início, deixamos claro que não havia o menor indício do crime alegado pela suposta vítima e, através de prova material do Instituto Médico Legal, era impossível que o meu cliente tivesse praticado o crime.
O g1 tentou contato com a advogada de Bruna Hollanda, mas não obteve retorno até o momento da publicação. A OAB/SE também não se manifestou oficialmente sobre o resultado do processo.
Detalhes do caso e renúncia da vítima
De acordo com o relato de Bruna Hollanda no boletim de ocorrência, ela e o advogado se conheciam há mais de sete anos e ambos eram conselheiros da OAB-Sergipe. No dia 27 de janeiro de 2024, a vítima pegou carona com o colega e, durante o trajeto, ele teria dito que precisaria passar em casa antes.
Foi no apartamento do colega que o estupro teria ocorrido, segundo o relato policial. Após alguns dias, Bruna Hollanda procurou uma ginecologista, que constatou várias lesões na genitália, além de herpes. Ela registrou o caso no Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV) no dia 1º de fevereiro.
A OAB/SE inicialmente tomou medidas disciplinares, afastando o advogado do conselho e abrindo um processo ético-disciplinar, além de afirmar que havia acolhido a vítima. No entanto, Bruna Hollanda decidiu renunciar ao cargo de conselheira, alegando falta de acolhimento por parte da instituição.
O caso levanta discussões importantes sobre o ambiente profissional dentro da OAB e o tratamento dado a vítimas de violência sexual no âmbito institucional.