Vereador de Curitiba Perde Mandato Após Fraude Eleitoral: Justiça Puxa o Tapete
Vereador de Curitiba cassado por fraude eleitoral

A política curitibana está pegando fogo, e não é metáfora. O vereador Emerson dos Santos, do PSD, acabou de levar um golpe duro da Justiça Eleitoral. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) simplesmente puxou o tapete do parlamentar, cassando seu mandato por conta de uma série de irregularidades que mancharam as eleições de 2020.

Pois é, a coisa foi feia mesmo. A decisão saiu nesta quarta-feira (8) e pegou todo mundo de surpresa - ou quase todo mundo. A fraude envolvia nada menos que a contratação de um caminhão de som, aquele que fica gritando propaganda pela cidade, sem que houvesse qualquer comprovação de pagamento. Uma baita falcatrua, convenhamos.

O Xis da Questão: Caixa Dois Eleitoral

O buraco era mais embaixo, como se diz por aí. A campanha do vereador simplesmente incluiu R$ 3.500 em despesas com esse tal caminhão de som, mas quando foram cobrados os recibos... silêncio total. Nada de comprovante, nada de nota fiscal, nadica de nada.

E olha que a lei é clara: sem comprovação, vira caixa dois. E caixa dois, como todo mundo sabe - ou deveria saber - é crime eleitoral dos graves. A Justiça não perdoou e deu um chega pra lá no parlamentar.

Votos que Viraram Pó

Agora vem a parte triste - ou justa, depende do ponto de vista. Todos os 3.579 votos que ele recebeu em 2020 simplesmente viraram fumaça. Sumiram, como se nunca tivessem existido. E o pior: ele fica inelegível por oito anos. Quase uma década longe da vida política.

Parece exagero? A relatora do caso, juíza Leda Maria de Paula, foi categórica: as irregularidades foram tão graves que contaminaram a vontade popular. Em outras palavras, a eleição não valeu. Ponto final.

E Agora, José?

O vereador, claro, não ficou satisfeito. Já anunciou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília. Diz que a decisão foi "drástica" e que vai lutar para reverter a situação. Mas, entre nós, as chances não parecem das melhores.

Enquanto isso, a Câmara Municipal de Curitiba vai ter que se reorganizar. A cadeira do vereador ficará vaga, e alguém vai acabar herdando essa bagunça toda. O que me faz pensar: será que a população vai ficar mais atenta nas próximas eleições?

Uma coisa é certa: a Justiça Eleitoral está de olho. E quando ela resolve agir, não tem conversa mole. O recado ficou claro - bem claro, aliás. Quem quiser brincar com as regras do jogo democrático pode acabar fora dele. E por um bom tempo.