Eleições 2026 no Acre: TRE traça estratégia contra desafios logísticos e de segurança
TRE Acre traça estratégia para eleições 2026

O relógio não para. Enquanto muitos ainda nem pensaram nas eleições de 2026, aqui no Acre a máquina eleitoral já está em movimento — e que movimento! O Tribunal Regional Eleitoral realizou nesta sexta-feira um daqueles encontros que mostram como a democracia exige suor antes dos votos.

O presidente do TRE-AC, desembargador Francisco Djalma, não fez rodeios: "Temos desafios únicos pela frente". E como tem! Imagine organizar eleições numa região onde chegar a algumas seções eleitorais é uma verdadeira expedição — rios, estradas de terra, distâncias que assustariam qualquer um.

Logística na Selva: O Maior Quebra-Cabeça

Parece simples, mas não é. Transportar urnas, mesários e todo o aparato eleitoral pelos rincões acreanos é como montar um quebra-cabeça gigante — sem ver a imagem da caixa. Alguns locais só são acessíveis por barco, outros dependem de estradas que, convenhamos, não são exatamente asfaltadas.

E olha, o timing é tudo. Se chover na hora errada, o que já era complicado vira praticamente impossível. Por isso mesmo a equipe do TRE está mapeando cada cantinho do estado com meses de antecedência. Melhor prevenir do que — bem, você sabe.

Segurança: Além das Urnas Eletrônicas

Ah, a segurança! Não se engane pensando que é só sobre as urnas — que, diga-se de passagem, são fortemente blindadas. A preocupação vai muito além. Estamos falando de proteger todo o processo, desde o transporte dos equipamentos até a integridade dos mesários e eleitores.

O TRE está costurando parcerias com basicamente todo mundo: Polícia Militar, Polícia Federal, Exército... É que na Amazônia, fazer eleição direito exige trabalho em equipe de verdade.

E sabe o que é mais interessante? Eles estão estudando até o comportamento das chuvas nos últimos anos — porque quando a natureza resolve participar, ela não brinca em serviço.

As Pessoas por Trás das Urnas

Às vezes a gente esquece, mas eleição não é só máquina — é gente. Muita gente. O TRE calcula que vai precisar de uns 4 mil mesários espalhados pelo Acre. Quatro mil pessoas dispostas a passar o domingo (e parte da noite) trabalhando pela democracia.

E convenhamos: achar tanta gente comprometida não é moleza não. Principalmente nas áreas mais remotas, onde o voluntário de hoje pode estar a três horas de barco amanhã.

Por isso mesmo o Tribunal já está bolando campanhas de conscientização — porque sem mesário, não tem eleição que funcione.

Tecnologia a Serviço da Floresta

Pode parecer contraditório, mas é justo na Amazônia que a tecnologia eleitoral brasileira mostra sua força. As urnas são preparadas para funcionar até onde a energia elétrica é um luxo — com baterias que aguentam o tranco.

Mas, cá entre nós, sempre tem aquele frio na barriga. E se a comunicação falhar? E se o barco atrasar? São esses "e ses" que mantém os técnicos do TRE acordados até tarde.

Eles estão testando sistemas de comunicação alternativos — porque na selva, o plano B precisa ter plano C, D e E.

No fim das contas, o que está em jogo é mais que uma eleição. É a garantia de que cada acreano, não importa onde more, terá seu voto contado. E isso, meus amigos, é trabalho para começar com um ano de antecedência — ou mais.

O desembargador Djalma resumiu bem: "Não estamos apenas organizando urnas, estamos garantindo direitos". E no Acre, garantir direitos significa vencer rios, estradas e distâncias que fariam muitos desistir.

Mas desistir? Essa palavra não existe no dicionário eleitoral acreano.