Audiência de Tatiana Medeiros entra no 4° dia com 16 testemunhas
Audiência de Tatiana Medeiros chega ao 4° dia

Processo contra vereadora Tatiana Medeiros entra em fase decisiva

A audiência de instrução e julgamento da vereadora Tatiana Medeiros, do PSB, chega ao seu quarto dia nesta quinta-feira (27). O processo, que envolve acusações graves de corrupção eleitoral e organização criminosa, tem a vereadora como uma das nove pessoas respondendo judicialmente.

Etapa crucial do julgamento

Esta fase do processo é considerada fundamental para a definição do caso. O juiz analisa todas as provas apresentadas e ouve testemunhas, réus e especialistas antes de proferir a sentença final. A audiência está programada para continuar até sexta-feira (28).

Nesta quinta-feira, a Justiça Eleitoral prevê ouvir as últimas 16 testemunhas de defesa. Essas testemunhas foram indicadas pelos advogados de Tatiana Medeiros, do seu namorado Alandilson Cardoso e do padrasto da vereadora, Stênio Ferreira.

Tatiana Medeiros chegou ao Fórum Eleitoral às 8h55, acompanhada do tio e também advogado de defesa, Francisco Medeiros. Seguindo o comportamento dos três primeiros dias de audiência, a vereadora não conversou com jornalistas e evitou fazer declarações à imprensa.

Operação Escudo Eleitoral e prisão

O caso teve início em 3 de abril, quando Tatiana foi presa durante a Operação Escudo Eleitoral da Polícia Federal. Segundo investigações da PF, a vereadora teria liderado um esquema de corrupção eleitoral que contava com a participação de uma facção criminosa violenta com atuação significativa no estado.

Em decorrência das acusações, a Justiça Eleitoral determinou o afastamento de Tatiana Medeiros do cargo de vereadora. O suplente Leondidas Júnior, também do PSB, assumiu a vaga, conforme estabelece o regimento da Câmara Municipal de Teresina.

Prisão domiciliar e saúde da vereadora

Durante o período em que esteve detida no Quartel do Comando Geral, Tatiana passou mal e precisou ser internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e posteriormente no Hospital da Polícia Militar (HPM).

Em 3 de junho, a Justiça autorizou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar por motivos de saúde, impondo medidas cautelares. Em 10 de outubro, a vereadora foi solta através de uma liminar após o Tribunal de Justiça anular um relatório financeiro que era utilizado como prova contra ela, por ter sido obtido sem a devida autorização judicial.

O processo segue com a previsão de que mais de 100 pessoas, entre testemunhas e denunciados, sejam ouvidas ao longo de toda a tramitação judicial.