Vereador de Rio Claro tem mandato cassado após invadir UPA e filmar pacientes sem autorização
Vereador de Rio Claro tem mandato cassado

O vereador Moises Marques (PL) teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal de Rio Claro após invadir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e fazer vídeos durante o plantão médico, expondo pacientes sem autorização. A decisão foi tomada por unanimidade pelos demais parlamentares.

Invasão gravada e compartilhada

O caso ocorreu em abril deste ano, quando o parlamentar adentrou a UPA do Jardim das Oliveiras acompanhado de um assessor. Durante a invasão, Marques filmou profissionais de saúde e pacientes, compartilhando os vídeos em suas redes sociais.

As imagens mostram o vereador questionando a demora no atendimento enquanto circulava pelos corredores da unidade de saúde. Em determinado momento, ele chega a filmar o rosto de uma paciente deitada em uma maca.

Justificativa e consequências

Em sua defesa, Moises Marques alegou que estava exercendo seu papel de fiscalizar os serviços públicos. No entanto, o Conselho de Ética da Câmara considerou que o político ultrapassou os limites legais ao violar a privacidade de pacientes e interferir no funcionamento da unidade de saúde.

A cassação do mandato foi determinada por unanimidade, com base no artigo 9º da Lei Orgânica do Município, que trata do cometimento de falta grave por parte de vereadores.

Repercussão na saúde pública

Profissionais de saúde relataram que a ação do vereador comprometeu o atendimento na UPA durante o período da invasão. A exposição de pacientes também levantou questões sobre violação do sigilo médico e dos direitos à privacidade.

Este caso reacende o debate sobre os limites da atuação parlamentar na fiscalização de serviços públicos e a necessidade de preservar a dignidade dos cidadãos em situações de vulnerabilidade.