PL Antifacção enfrenta novos obstáculos na Câmara
O projeto de lei conhecido como PL Antifacção, que visa combater organizações criminosas, enfrenta dificuldades significativas para ser votado na próxima semana conforme planejado inicialmente. O presidente da Câmara, Hugo Motta, havia marcado uma sessão para a terça-feira, dia 18 de novembro de 2025, com esta proposta como único item da pauta.
Calendário em risco
O cronograma estabelecido pelo paraibano encontra resistência de parlamentares da oposição que apresentam argumentos consistentes contra a celeridade da tramitação. As sessões virtuais programadas para a próxima semana, decorrentes da COP30 e do feriado de quinta-feira, complicam ainda mais a aprovação de propostas polêmicas que ainda não alcançaram consenso.
O relator Guilherme Derrite já apresentou quatro versões diferentes do parecer e ainda precisa realizar ajustes no texto na próxima semana. Essa situação gera desconfiança sobre a capacidade de chegar a um texto que agrade todas as bancadas partidárias.
Resistências e mobilizações
Governadores de direita estão mobilizados e já solicitaram formalmente que a tramitação seja menos acelerada, garantindo que todos os interessados possam ser ouvidos adequadamente. O relator precisa superar resistências tanto da base governista quanto da oposição, o que demandará mais tempo para negociações e tentativas de viabilizar a apreciação do projeto.
Além dos desafios internos na Câmara, há a necessidade de alinhamento prévio com o Senado, comandado por Davi Alcolumbre, para assegurar uma aprovação rápida quando a medida chegar à Casa vizinha.
A combinação desses fatores indica que o cronograma original dificilmente será cumprido, podendo resultar em novo adiamento da votação que já foi transferida para o dia 18 após polêmicas anteriores.
