 
Em mais um capítulo da Operação Dracon, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, sofreu uma significativa derrota judicial nesta quarta-feira (30). O Tribunal de Justiça do DF rejeitou o recurso apresentado pela defesa da política, mantendo a validade das provas coletadas durante as investigações.
O que diz a decisão judicial
Por unanimidade, a 3ª Turma Criminal do TJDFT decidiu manter a sentença que havia considerado válidas as provas obtidas pela força-tarefa do Ministério Público do DF. A defesa de Celina Leão argumentava que havia vícios no processo de coleta de evidências, mas os desembargadores não acolheram esse entendimento.
O relator do caso, desembargador Mauro Pereira, foi categórico em seu voto: "Não há qualquer ilegalidade na produção probatória que justifique a exclusão dos elementos colhidos".
Os detalhes da Operação Dracon
A operação, deflagrada em agosto de 2023, investiga um suposto esquema de rachadinhas na Secretaria de Desenvolvimento Social do DF, pasta comandada por Celina Leão entre 2019 e 2022. Segundo o MPDFT, o esquema teria desviado cerca de R$ 500 mil dos cofres públicos.
Entre as acusações estão:
- Divergências entre horários registrados no ponto eletrônico e a efetiva prestação de serviço
- Suposto retorno de parte dos salários por parte de funcionários comissionados
- Indícios de que servidores estariam trabalhando em atividades particulares em horário comercial
Próximos passos do processo
Com a negativa do recurso, o processo segue seu curso normal na 1ª Vara Criminal do DF. Agora, Celina Leão e outros seis investigados deverão prestar depoimentos e apresentar suas defesas sobre as acusações.
A vice-governadora, que também é esposa do ex-governador Ibaneis Rocha, mantém sua defesa pela inocência e afirma que as acusações são politicamente motivadas.
Este caso representa mais um capítulo na série de operações que investigam supostos desvios na administração pública do Distrito Federal, mantendo a luta contra a corrupção no centro dos debates políticos locais.
 
 
 
 
