Uma perícia médica oficial foi realizada nesta quarta-feira (17 de dezembro de 2025) no ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. O exame, determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, tem como objetivo verificar a real necessidade de uma intervenção cirúrgica imediata, conforme alegado pela defesa do ex-mandatário.
Exame acompanhado pelo cardiologista pessoal
O advogado de Bolsonaro, João Henrique Nascimento de Freitas, informou que o procedimento pericial foi acompanhado pelo cardiologista pessoal do ex-presidente, Brasil Ramos Caiado. Segundo o defensor, tudo "transcorreu normalmente" durante a ação dos profissionais do Instituto Nacional de Criminalística da PF.
Os laudos periciais produzidos pela equipe médica federal já foram encaminhados ao ministro Alexandre de Moraes. Caberá ao magistrado do STF analisar os documentos e decidir se autoriza ou não a saída de Bolsonaro do regime de prisão fechado para a realização do procedimento cirúrgico.
Contexto médico e pedido da defesa
A solicitação para a perícia surgiu após a defesa de Bolsonaro alegar, na semana passada, a necessidade de uma cirurgia de urgência. No último domingo (14 de dezembro), o ex-presidente já havia passado por um exame de ultrassom realizado por sua equipe médica pessoal, dentro da própria sede da PF.
Na ocasião, o advogado anunciou que o ultrassom havia constatado a necessidade de retirada de duas hérnias inguinais. A perícia desta quarta-feira, portanto, serve como um laudo oficial e independente para subsidiar a decisão judicial sobre o caso.
Próximos passos e decisão de Moraes
Com os documentos em mãos, o ministro Alexandre de Moraes deve ponderar as evidências médicas oficiais contra os argumentos da defesa. A decisão envolve equilibrar o direito à saúde do preso com as exigências de segurança e cumprimento da pena.
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por condenação por golpismo. Qualquer autorização para saída temporária seguirá protocolos rígidos de custódia e segurança determinados pela Justiça.