Justiça Federal trava renovação da Enel em SP: futuro da concessionária de energia na berlinda
Justiça trava renovação da Enel em SP

Eis que a Justiça Federal resolveu botar o pé no freio — e com força — num daqueles processos que podem mudar a vida de milhões de paulistanos. O que estava rolando? A renovação antecipada do contrato da Enel, que já vinha sendo discutida nos bastidores, agora está completamente paralisada.

O juiz federal Ricardo Mauro, da 12ª Vara Federal em São Paulo, simplesmente mandou um "chega!" no processo todo. A ordem é clara: tudo fica congelado até que se defina se o contrato atual da concessionária será mesmo cassado. Parece que a história vai dar mais voltas que fio desenrolado.

O que diabos está acontecendo?

A situação é, pra ser sincero, um tanto quanto peculiar. Enquanto de um lado a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisava pedir a cassação do contrato atual — coisa séria, né? — do outro lado corria paralelamente o processo de renovação antecipada desse mesmo contrato. Soa estranho? Pois é, o juiz também achou.

Na prática, a decisão judicial cria um impasse dos grandes. A Enel, que atende nada menos que 7,5 milhões de unidades consumidoras na região metropolitana de São Paulo, agora vê seu futuro incerto. E os consumidores? Bem, esses ficam na plateia assistindo ao suspense jurídico-administrativo.

Os números por trás do imbróglio

  • 7,5 milhões de unidades consumidoras afetadas
  • 24 municípios da região metropolitana envolvidos
  • Contrato atual venceria só em 2028
  • Renovação antecipada pediria extensão até 2043

Não é pouca coisa, convenhamos. A concessionária, que herdou a antiga Eletropaulo, está no centro de uma tempestade perfeita entre interesses econômicos, qualidade do serviço e — por que não dizer? — a paciência já esgotada de muitos consumidores.

E agora, José?

A decisão do juiz Ricardo Mauro não veio do nada. Ela atende a um pedido do Ministério Público Federal, que argumentava — com certa razão, diga-se — que não faz sentido discutir renovação enquanto a própria existência do contrato está ameaçada.

"Parece óbvio, mas às vezes o óbvio precisa ser dito", comentou um advogado que acompanha o caso, preferindo não se identificar. "Como renovar algo que pode nem existir mais amanhã?"

O fato é que a Enel agora enfrenta dois fronts simultaneamente: a possível cassação do contrato atual e a paralisação do processo de renovação. Para uma empresa que já acumula queixas sobre falhas no serviço e quedas de energia frequentes, a situação é no mínimo delicada.

Enquanto isso, nas ruas de São Paulo, a pergunta que não quer calar: isso vai significar melhorias no serviço ou mais problemas pela frente? Só o tempo — e a Justiça — dirão.