Derrite deixa Segurança de SP para voltar à Câmara e focar em 2026
Derrite deixa segurança de SP por eleição 2026

O deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) anunciou sua saída do cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo. Ele retornará em definitivo para a Câmara dos Deputados a partir da próxima segunda-feira (1º).

Transição acordada com Tarcísio

A decisão foi combinada com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Seu último ato como secretário será participar da cerimônia do 55º aniversário da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).

Derrite antecipa em quatro meses o período limite que teria no governo paulista. Candidatos que ocupam cargos públicos precisam deixar seus postos até março do ano que vem para disputar eleições em outubro.

Foco no PL Antifacções e eleição de 2026

Na Câmara, o deputado pretende acompanhar a tramitação do Projeto de Lei Antifacções, que teve sua relatoria. O texto foi aprovado pela Casa com 370 votos a favor e 110 contra.

O objetivo principal, porém, é a eleição de 2026. Derrite mira uma das duas vagas no Senado por São Paulo e já conta com aval do ex-presidente Jair Bolsonaro para ser um dos nomes do campo da direita paulista.

Em entrevista à GloboNews em 20 de novembro, o deputado já havia sinalizado seus planos: "Também é um ano eleitoral, e eu confesso que as atenções não só de vocês da mídia, mas nossa também, já estão bem voltadas para o ano que vem".

Substituto e detalhes do PL Antifacções

Tarcísio ainda não definiu quem substituirá Derrite na Secretaria de Segurança Pública. Os nomes mais cotados são:

  • Marcelo Streifinger, atual secretário da Administração Penitenciária
  • Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo de Segurança Pública

O PL Antifacções aprovado na Câmara:

  • Endurece penas para crimes de organizações criminosas
  • Cria novos tipos penais específicos
  • Amplia poderes de investigação
  • Dificulta progressão de regime para membros de facções
  • Inclui garimpo ilegal como agravante

O texto agora segue para análise do Senado, onde o relator Alessandro Vieira já anunciou que fará mudanças. Se modificado, o projeto voltará para apreciação da Câmara ainda este ano.