Estratégia da Defesa de Bolsonaro: Técnica e Política em Jogo no STF
Defesa de Bolsonaro: Estratégia dupla no STF

O placar está aberto e a bola rola solta no Supremo Tribunal Federal. De um lado, a acusação pesada do Ministério Público. Do outro, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que decidiu jogar em dois campos ao mesmo tempo. A estratégia, diga-se de passagem, é tão ousada quanto calculista.

Não é só de artigos jurídicos que se faz uma defesa robusta, não é mesmo? A equipe do ex-mandatário entendeu isso perfeitamente. Eles montaram uma barreira dupla, uma espécie de sistema 4-4-2 forense. O primeiro eixo, puramente técnico, mergulha de cabeça nos autos do processo, fuçando cada vírgula, cada documento, cada prova – ou a falta dela. A ideia aqui é simples, mas trabalhosa: mostrar que o quebra-cabeça acusatório não fecha, que faltam peças cruciais.

O segundo eixo, ah, esse é politicamente explosivo. É o campo das narrativas, da opinião pública, do ‘e daí?’ transformado em argumento. A defesa vai gritar aos quatro ventos que tudo não passa de uma caça às bruxas, uma perseguição política com cheiro de vingança. Vão apontar o dedo, citar nomes, criar um clima de tribunal de exceção. É jogar a partida no campo da emoção, não da razão.

E no centro de tudo isso, como um árbitro rigoroso – ou um juiz linha dura, dependendo de quem você pergunta – está o ministro Alexandre de Moraes. Caberá a ele analisar a petição da defesa, que pede nada menos que o arquivamento puro e simples de tudo. Um chute direto para fora do estádio. A resposta dele é, sem sombra de dúvidas, a jogada mais aguardada desse segundo tempo judicial.

O caso em si é complexo e sério, envolvendo alegações de tentativa de golpe e obstrução da justiça. Coisa de alto escalão, para não dizer outra coisa. A defesa, claro, nega tudo com unhas e dentes. Eles afirmam, veementemente, que não há nenhuma prova concreta que ligue Bolsonaro a qualquer crime. Nada. Zero. Nada de nada.

O que vai sair dessa queda de braço? Bom, só o tempo – e a sagacidade do STF – dirão. Uma coisa é certa: o país inteiro está de olho, com o fôlego preso, esperando o próximo lance desse jogo de xadrez de consequências monumentais. A tensão é palpável, quase dá para cortar com uma faca.