Eis que a poeira baixa – e que poeira! – sobre um dos casos mais comentados dos últimos tempos em Presidente Prudente. A Câmara Municipal, em sessão que foi um verdadeiro teatro de tensões, aprovou nesta segunda-feira (25) o relatório final da CPI que botou a lupa na gestão passada da Secretaria de Esportes.
E olha, o que encontraram não foi pouco. O documento, um calhamaço de mais de 300 páginas, aponta indícios robustos de superfaturamento em contratos, pagamentos por serviços fantasmas e um desvio de recursos que beira os impressionantes R$ 2,5 milhões. Uma verdadeira farra com o dinheiro público.
O centro do furacão
No olho do furacão está o ex-secretário José Carlos Pires. O relatório não só detalha as supostas irregularidades como recomenda, com todas as letras, que ele seja indiciado por uma série de crimes, incluindo improbidade administrativa e formação de quadrilha. Grave, muito grave.
Os vereadores que conduziram a investigação – e que trabalharam que nem condenados durante meses – afirmam que as provas são esmagadoras. Incluem-se aí notas fiscais de procedência duvidosa, depoimentos contraditórios de fornecedores e uma paper trail que, francamente, não deixa muita margem para dúvidas.
E agora, José?
Com a aprovação do relatório, o caso agora segue para o Ministério Público e para a Justiça comum. A bola está com eles. Cabe aos promotores analisar o material e decidir se oferecem ou não denúncia contra o ex-secretário e outros possíveis envolvidos.
É aquele momento de ‘agora vamos ver no que vai dar’. A cidade inteira fica de olho, esperando que, finalmente, a justiça seja feita. Porque uma coisa é certa: o contribuinte de Prudente merece respostas. E mais do que isso, merece ver seu dinheiro sendo usado para o que realmente importa – e não para enriquecer meia dúzia de esperto.
O caso promete render ainda muitos capítulos. Fiquemos de olho.
