PL Desafia o Centrão: Bolsonaro Quer Comando Total da Chapa em 2026
PL quer Bolsonaro no comando total da chapa de 2026

Eis que o Partido Liberal resolveu cutucar a onça com vara curta. Num movimento que pegou muita gente de surpresa — inclusive aliados históricos — a legenda resolveu defender que Jair Bolsonaro tenha carta branca para montar a chapa presidencial de 2026. Sozinho. Sem consultar ninguém.

Parece brincadeira, mas não é. A proposta, que já está circulando nos corredores do Congresso, basicamente entrega nas mãos do ex-presidente todas as decisões sobre quem será seu vice e os demais nomes da chapa. Uma concentração de poder que, convenhamos, não é exatamente o que o centrão esperava.

O jogo de poder que ninguém viu chegando

Ora, vamos combinar: na política brasileira, as chapas sempre foram resultado de muita negociação, troca de favores e acordos por baixo dos panos. É assim que o jogo funciona há décadas. Mas o PL parece disposto a virar essa mesa.

E o timing? Perfeito para causar rebuliço. Enquanto o centrão se preparava para as costumeiras barganhas, eis que surge essa proposta que, se aprovada, muda completamente as regras do jogo. É como chegar num jogo de pôquer e anunciar que as cartas serão todas distribuídas por uma única pessoa.

As reações que você já pode imaginar

Claro que a reação não foi das melhores entre os políticos do centrão. Alguns já estão falando em "autoritarismo disfarçado", outros em "rompimento das tradições democráticas". Tem até quem esteja chamando a proposta de "golpe branco" nas estruturas partidárias.

Mas o PL não está nem aí. Eles argumentam — com certa razão, diga-se — que Bolsonaro tem capital político suficiente para liderar sozinho esse processo. "Quem tem cacife, manda no jogo", parece ser o pensamento por trás da manobra.

O que me faz pensar: será que estamos vendo o nascimento de um novo modelo de fazer política no Brasil? Ou é apenas mais um capítulo da novela que já conhecemos?

Os bastidores que você não vê

Nos grupos de WhatsApp dos políticos, o assunto é o único que importa. Mensagens voam de um lado para o outro, com análises, especulações e — por que não? — um certo desespero daqueles que se veem ameaçados de perder influência.

O fato é que o PL está mostrando suas cartas mais cedo do que muitos esperavam. E essa antecipação, convenhamos, é uma jogada inteligente. Enquanto os adversários ainda se organizam, eles já definiram seu terreno de jogo.

Resta saber se a estratégia vai funcionar. Porque na política, como na vida, às vezes quem chega primeiro leva a melhor. Mas também pode acontecer de quem quebra as regras acabar ficando sem parceiros para jogar.

Uma coisa é certa: as eleições de 2026 prometem. E muito.