
Parece que os bastidores do poder em Washington são mais turbulentos do que imaginávamos. A vice-presidente Kamala Harris resolveu abrir o jogo - e que jogo! - em um livro que está causando frisson nos círculos políticos.
Numa daquelas jogadas que ninguém esperava, Harris despeja uma série de queixas sobre sua própria equipe na Casa Branca. E olha, não são pequenas coisas: ela fala abertamente sobre como se sentiu subutilizada e, pasmem, mal assessorada em momentos cruciais. É como se tivessem colocado freios num cavalo de corrida - frustrante, para dizer o mínimo.
O Partido na Mira
Mas não para por aí. O próprio Partido Democrata leva uma rasteira verbal das boas. Harris não poupa críticas à forma como o partido lidou - ou melhor, não lidou - com questões raciais durante sua campanha presidencial em 2020. Parece que ela guardou algumas cartas na manga e agora resolveu jogá-las todas sobre a mesa.
O que mais choca, talvez, seja a honestidade brutal. Num mundo político onde todos dançam conforme a música, Harris resolveu desafinar de propósito. Ela detalha como a falta de apoio interno complicou sua vida política de maneiras que o público nunca imaginou.
Bastidores Revelados
Os relatos são tão vívidos que quase conseguimos visualizar os corredores do poder. A vice-presidente descreve reuniões tensas, estratégias que saíram pela culatra e aquela sensação constante de estar nadando contra a corrente. Não é fácil, convenhamos.
E sabe o que é mais interessante? Ela não se coloca como vítima. Longe disso. Harris assume erros próprios, reconhece momentos em que poderia ter agido diferente. Essa autocrítica rara na política dá um tom de credibilidade às suas palavras.
O livro chega num momento delicado - afinal, estamos em ano eleitoral nos Estados Unidos. Muitos se perguntam: por que agora? Seria um ajuste de contas? Uma jogada estratégica? Ou simplesmente o desabafo de alguém cansado de engolir sapos?
Repercussão e Consequências
Os efeitos dessa bomba literária já começam a aparecer. Especialistas em política americana estão com as abas das orelhas em pé, tentando decifrar o impacto dessas revelações. Alguns veem coragem, outros enxergam um tiro no pé.
Uma coisa é certa: dificilmente as relações dentro do Partido Democrata sairão ilesas dessa. Quando alguém do núcleo duro do poder resolve falar, as consequências costumam ser... interessantes, para dizer o mínimo.
O que me faz pensar: será que veremos mais políticos seguindo esse caminho da transparência radical? Ou Harris será a exceção que confirma a regra? O tempo - e as vendas do livro - dirão.
Enquanto isso, Washington respira fundo. Porque quando alguém decide contar o que realmente acontece nos corredores do poder, sempre saem histórias que deixam todo mundo com a pulga atrás da orelha.