O Governo do Distrito Federal oficializou a criação do Dia em Memória das Vítimas do Comunismo, em uma medida que gera debates no cenário político local. A data será celebrada anualmente no dia 7 de novembro, marcando o aniversário da Revolução Russa de 1917.
Mudança na Secretaria de Justiça
Em meio a esta decisão simbólica, o secretário de Justiça do DF, Marcelo Pires, deixou o cargo. A saída ocorre após declarações do governador Ibaneis Rocha, que se referiu ao então secretário como "problema dele" quando questionado sobre a situação.
Lei sancionada com vetos
A lei que institui a data memorial foi sancionada por Ibaneis Rocha, mas com um veto significativo: foi retirado o trecho que previa atividades educacionais sobre o tema nas escolas públicas. O governo justificou que a proposta original feriria a autonomia didática garantida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
O projeto havia sido aprovado pela Câmara Legislativa do DF em setembro, com amplo apoio dos deputados distritais. A data pretende homenagear aqueles que sofreram sob regimes comunistas em todo o mundo.
Crise política no comando
A situação do ex-secretário Marcelo Pires ganhou contornos dramáticos quando o governador Ibaneis Rocha, ao ser indagado sobre o assunto por jornalistas, respondeu de forma direta: "Problema dele. Eu não tenho nada a ver com isso".
As declarações ocorreram durante evento no Palácio do Buriti, deixando claro o distanciamento do governador em relação ao então membro de sua equipe.
Contexto histórico da data
A escolha do dia 7 de novembro não é aleatória. A data remete ao início da Revolução Bolchevique na Rússia, em 1917, considerado por muitos historiadores como o marco inicial da expansão do comunismo pelo mundo.
Com a criação desta data memorial, o Distrito Federal se alinha a iniciativas similares existentes em outros países que buscam refletir sobre os impactos históricos dos regimes comunistas.