Rússia afirma que Ucrânia negociará em posição inferior
Rússia: Ucrânia terá que negociar mais cedo ou mais tarde

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025, que a Ucrânia será obrigada a negociar com a Rússia "mais cedo ou mais tarde", porém em condições muito menos favoráveis do que as atuais.

Posição ucraniana se deteriora diariamente

Durante coletiva de imprensa, Peskov enfatizou que a situação militar de Kiev piora a cada dia enquanto as tropas russas continuam avançando sobre a região do Donbass. "O lado ucraniano deve saber que, mais cedo ou mais tarde, terá que negociar, mas em uma posição muito pior", afirmou o representante do governo russo.

O porta-voz do Kremlin ainda ressaltou que Moscou deseja a paz e está disposta a promover negociações diplomáticas para estabelecer um acordo definitivo. No entanto, Kiev considera inaceitáveis os termos apresentados por Vladimir Putin, classificando-os como equivalentes a uma rendição incondicional.

Avanço russo em Pokrovsk

Enquanto as declarações diplomáticas circulam, o conflito no terreno segue intenso. As forças russas concentram esforços no cerco à cidade de Pokrovsk, área estratégica fundamental para as linhas de suprimento ucranianas na frente oriental.

Embora o Exército russo tenha alcançado os arredores da cidade ainda em 2024, as primeiras incursões significativas só ocorreram este ano. O avanço atingiu novo patamar no final de outubro, quando soldados de infantaria conseguiram romper as defesas ucranianas e penetrar na localidade.

Impacto humanitário crescente

Os combates continuam registrando impasses na linha de frente, enquanto a população civil sofre com ataques noturnos de drones e mísseis russos. Estes ataques atingem indiscriminadamente edifícios civis em Kiev e outras grandes cidades ucranianas.

As Nações Unidas documentaram um aumento de 30% nas mortes e ferimentos de civis em 2025 em comparação com o ano anterior. A Rússia, apesar das evidências, mantém a negação de atingir alvos não militares.

Como resposta, a Ucrânia tem utilizado drones para atingir supostas instalações militares dentro do território russo, muitas vezes em áreas distantes da zona de conflito direto. Atualmente, Moscou controla aproximadamente um quinto do território ucraniano, consolidando a ocupação iniciada com a invasão em fevereiro de 2022.