O presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceu nesta quinta-feira (27) uma condição clara para interromper os bombardeios contra a Ucrânia: o país vizinho deve ceder os territórios reivindicados pela Rússia. A declaração ocorre em meio a intensas negociações internacionais para encontrar uma solução pacífica para o conflito.
Proposta russa e reação internacional
Durante pronunciamento, Putin afirmou que o esboço do plano de paz apresentado por Moscou pode servir como base para futuros acordos destinados a encerrar a guerra. Na última semana, autoridades dos Estados Unidos, Ucrânia e países europeus se reuniram para discutir uma nova proposta de paz, mas a versão elaborada no final de semana anterior foi imediatamente rejeitada pelo Kremlin.
O líder russo mantém sua posição firme sobre a anexação de partes do território ucraniano, uma exigência que encontra forte resistência por parte de Kiev e da União Europeia. A UE, principal apoiadora da Ucrânia, declarou que permanecerá ao lado do país até o final do conflito, considerando "inaceitável" qualquer cessão territorial.
Pressão americana e rejeição ucraniana
Enquanto isso, o enviado especial do ex-presidente Donald Trump deve se encontrar com Putin em Moscou na próxima semana, em mais uma tentativa de mediação. Trump havia exercido pressão significativa sobre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para aceitar o acordo proposto, estabelecendo inicialmente um prazo até esta quinta-feira para uma resposta.
Zelensky e o bloco europeu são particularmente contra a possibilidade de ceder as regiões de Donetsk e Luhansk, territórios no leste da Ucrânia que a Rússia busca anexar. Os russos descartaram as mudanças propostas no plano dos Estados Unidos, que destacava perdas territoriais para a Ucrânia, neutralidade e limitações militares para Kiev.
Abandono de ultimato e impasse persistente
Em desenvolvimento recente, Trump abandonou um novo ultimato sobre o acordo de paz na Ucrânia, indicando a complexidade das negociações. A proposta americana para o fim do conflito, que enfatizava concessões territoriais ucranianas, não foi bem recebida por nenhum dos lados diretamente envolvidos.
O impasse permanece, com a Rússia insistindo em suas demandas territoriais e a Ucrânia resistindo firmemente, apoiada pela comunidade europeia. As perspectivas de uma solução imediata parecem remotas, enquanto as populações civis continuam sofrendo os impactos dos combates.