Putin Eleva Aposta na Guerra: Exige Controle Total do Donbass e Veto à Entrada da Ucrânia na OTAN
Putin exige Donbass e veta OTAN na Ucrânia

E então, eis que o tabuleiro geopolítico treme mais uma vez. Vladimir Putin, num daqueles movimentos que ninguém espera mas todos temem, decidiu elevar a aposta no já insuportável conflito contra a Ucrânia. A notícia, que circula feito rastilho de pólvora entre analistas e chancelarias, veio à tona nesta quarta-feira (21) através da agência russa RIA Novosti.

O cerne da questão? Duas exigências que soam como um ultimato. A primeira é a entrega total e irrestrita da região do Donbass – aquela área no leste ucraniano que já vive um banho de sangue desde 2014. A segunda, e talvez a mais preocupante para o ocidente, é uma garantia por escrito, firme e inegociável, de que a Ucrânia jamais se juntará à aliança militar da OTAN. Nem agora, nem daqui a cinquenta anos. Nem pensar.

Mas o presidente russo não parou por aí. Num detalhe que revela a profundidade da desconfiança, ele também exigiu que bases militares ocidentais – leia-se, tropas e equipamentos dos EUA e Europa – nunca se estabeleçam em solo ucraniano. É como se ele visse fantasmas em cada esquina de Kiev.

O Momento e o Lugar das Exigências

Onde isso foi dito? Num encontro que mais parecia uma cena de teatro diplomático com o chanceler da Áustria, Alexander Schallenberg, em Moscou. Putin, conhecido por suas encenações calculadas, escolheu justamente o representante de uma nação neutra para entregar sua mensagem. Coincidência? Duvido muito.

E o timing? Ah, o timing é tudo. Isso vem num momento em que a guerra, convenhamos, está num daqueles impasses sangrentos. Ninguém avança significativamente, mas o número de mortos não para de subir. Uma jogada de mestre para testar a resistência do ocidente e a unidade da OTAN.

E Agora, José?

A pergunta que paira no ar, mais pesada que um avião de carga, é: o que o ocidente vai fazer com isso? Aceitar essas condições seria, basicamente, entregar de mão beijada território soberano de um país independente. Rejeitar, por outro lado, pode significar mais anos de uma guerra que já devastou cidades inteiras e deslocou milhões.

É aquela velha história: ceder agora pode abrir um precedente perigosíssimo. Se funciona com a Ucrânia, por que não tentar com a Moldávia, com a Geórgia, ou quem sabe até com os países bálticos? Putin joga um jogo de xadrez onde as peças são nações inteiras.

Enquanto isso, em Kiev, a resposta deve ter sido de pura incredulidade. Imagina só: depois de tanto sangue derramado em defesa da própria soberania, ter que aceitar que parte do seu território seja rasgado do mapa? É de cortar o coração.

O mundo prende a respiração. De novo.