Os Estados Unidos anunciaram neste domingo, 23 de novembro de 2025, progressos significativos nas negociações para estabelecer um plano de paz que possa pôr fim ao conflito na Ucrânia. No entanto, pontos fundamentais continuam sem consenso entre as partes envolvidas, mantendo incertezas sobre um acordo definitivo.
Detalhes da proposta americana
O secretário de Estado Marco Rubio liderou as discussões em Genebra com uma delegação representando a Ucrânia. A proposta apoiada por Washington estabelece condições específicas para o fim das hostilidades, incluindo a cessão de territórios ucranianos, a aceitação de limites permanentes para suas Forças Armadas e a renúncia à possibilidade de ingressar na OTAN no futuro.
O presidente Donald Trump demonstrou impaciência com o ritmo das negociações, determinando que o líder ucraniano Volodymyr Zelensky analise a proposta americana até quinta-feira. O prazo curto reflete a pressão da administração americana para uma resolução rápida do conflito.
Reações internacionais e tensões diplomáticas
As primeiras reações à proposta americana geraram preocupação entre aliados europeus da Ucrânia. Diversos governos europeus manifestaram reservas sobre os termos iniciais e solicitaram ajustes significativos no texto do acordo.
As tensões diplomáticas aumentaram após declarações públicas de Donald Trump nas redes sociais. Através de sua plataforma The Truth Social, o presidente americano afirmou que a liderança da Ucrânia não demonstrou gratidão suficiente pelos esforços dos Estados Unidos durante o conflito.
"A liderança da Ucrânia não expressou nenhuma gratidão pelos nossos esforços", escreveu Trump, em uma mensagem que rapidamente circulou entre autoridades internacionais.
Desafios para um acordo definitivo
As principais divergências concentram-se em torno das garantias de segurança para a Ucrânia e do papel da OTAN no cenário pós-guerra. Enquanto os americanos pressionam por limites militares, os ucranianos buscam assurances de proteção contra futuras agressões.
Autoridades ucranianas reagiram às críticas de Trump tentando equilibrar a defesa de seus interesses nacionais com a demonstração de apreço pelo apoio americano. Fontes próximas ao governo Zelensky destacaram que a gratidão pela assistência recebida não significa aceitação automática de todas as condições impostas.
O cenário atual mostra que, apesar dos avanços anunciados, o caminho para a paz ainda enfrenta obstáculos substanciais. A próxima reunião, marcada para antes do prazo estabelecido por Trump, deverá ser crucial para definir se as partes conseguirão superar suas diferenças fundamentais.