Vídeo editado mostra Lula sendo chamado de ladrão; é #FAKE
Áudio editado mostra Lula sendo xingado em evento

Um vídeo manipulado que circula nas redes sociais tenta distorcer a realidade sobre a recepção do presidente Lula durante a inauguração de uma importante obra de infraestrutura entre dois estados brasileiros. O conteúdo falso alega que o chefe do executivo foi vaiado e insultado, mas a verdade é completamente diferente.

O que mostra o vídeo fake

Publicado originalmente no TikTok no dia 18 de novembro, o vídeo adulterado exibe o presidente Lula discursando durante a cerimônia de entrega da ponte sobre o Rio Araguaia, que conecta as cidades de Xambioá, no Tocantins, e São Geraldo do Araguaia, no Pará. Sobre as imagens reais do evento, foi inserido um áudio falsificado onde supostamente uma multidão grita "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".

O material fraudulento ainda inclui uma caixa de texto com a mensagem: "Ele até tentou mais o povo não calou. Na entrega da Ponte feita pelo MITO. O hino é cantado". As imagens genuínas, no entanto, mostram claramente o público presente fazendo o gesto de "L" com as mãos e manifestando apoio ao presidente.

Verificação dos fatos

A equipe do Fato ou Fake realizou uma verificação minuciosa comparando o vídeo fraudulento com a transmissão oficial do evento, disponível no YouTube do canal do governo federal. Em nenhum momento da gravação original é possível ouvir qualquer tipo de vaia ou insulto dirigido ao presidente.

Pelo contrário, a gravação autêntica demonstra que o público presente aplaudia e manifestava apoio a Lula durante todo seu discurso. A inauguração da ponte, que teve investimento de R$ 230 milhões e extensão de 2.010 metros, foi recebida com entusiasmo pela população local.

Padrão de desinformação

Este não é o primeiro caso de manipulação audiovisual envolvendo o presidente Lula. De acordo com o levantamento do Fato ou Fake, pelo menos outros dois vídeos similares já foram desmascarados anteriormente.

Em maio deste ano, circulou conteúdo manipulado durante o lançamento de um curso de medicina em São Paulo, e em julho, outro vídeo adulterado tentou distorcer a participação do presidente em evento do Dia da Independência na Bahia. O padrão se repete: inserção de áudio falso em cenas reais para criar uma narrativa enganosa.

Diante do aumento de conteúdos manipulados nas redes sociais, é fundamental que a população busque fontes oficiais e verifique informações antes de compartilhar. A desinformação representa um risco para a democracia e para o debate público saudável.