
O que acontece quando a ficção da TV se mistura de forma perigosa com a vida real? Bom, essa pergunta ficou bastante evidente nos últimos dias aqui em Santa Catarina. Um padre da região precisou intervir publicamente para esclarecer uma confusão que, francamente, beira o absurdo.
Num vídeo que começou a circular feito rastro de pólvora pelas redes sociais, o sacerdote — cujo nome não foi divulgado — aparece falando sério, com aquela expressão de quem já cansou de explicar o óbvio. E sabe qual era o assunto? Pedidos de oração pela morte de Odete Roitman. Sim, aquela mesma personagem icônica das novelas da Globo.
A confusão que viralizou
Parece piada, mas não é. De repente, começou a pipocar por aí uma corrente — daquelas que a gente já conhece bem — pedindo orações pelo "descanso eterno" da tal Odete. Só tem um pequeno detalhe: Odete Roitman nunca existiu fora das telas. É pura criação dramaturgica, gente!
O padre, com uma paciência de santo — desculpem o trocadilho — explicou ponto por ponto: "Meus irmãos, recebi vários pedidos para rezar por Odete Roitman. Preciso esclarecer que se trata de uma personagem de novela. Não faz sentido rezar por alguém que não existe na vida real".
E não parou por aí. Ele foi além, fazendo um alerta importante sobre como essas informações falsas se espalham: "É fundamental separarmos a realidade da ficção. Quando receberem mensagens assim, verifiquem a fonte antes de repassar".
O perigo das fake news no mundo digital
O caso da Odete é só a ponta do iceberg. Todo dia surge uma nova lorota circulando pelos grupos de WhatsApp e redes sociais. O que me preocupa — e deve preocupar você também — é como as pessoas engolem essas histórias sem nem pestanejar.
Pensa bem: quantas vezes você já recebeu aquela mensagem dramática pedindo orações por alguém que supostamente morreu, quando na verdade a pessoa está vivinha da silva? É um problema sério, que vai muito além da simples desinformação.
O padre catarinense acertou em cheio ao fazer esse alerta público. Porque, convenhamos, tem horas que a gente precisa mesmo de uma voz de autoridade para cortar essas bobagens pela raiz.
Por que as pessoas caem nesse tipo de boato?
É curioso como o ser humano funciona. Mesmo com toda tecnologia disponível, as pessoas ainda preferem acreditar no que chega pelo zap zap do que dar um rápido Google para verificar. Parece que o senso crítico vai para o espaço quando a mensagem vem acompanhada de "repassem para o máximo de pessoas".
No caso da Odete, talvez seja aquela coisa: a personagem era tão marcante — lembra daquela vilã que a gente amava odiar? — que algumas pessoas realmente acreditaram que ela existia de verdade. A linha entre ficção e realidade fica tênue demais às vezes.
Mas cá entre nós: você realmente acreditaria que uma personagem de novela dos anos 80 estava morrendo agora, em 2025? Pois é...
O recado que fica
O episódio todo serve como um lembrete importante — e até um pouco preocupante — sobre nossa relação com a informação na era digital. Precisamos, urgentemente, desenvolver um olhar mais crítico sobre o que consumimos e compartilhamos online.
Como bem disse o padre: "A fé é algo sério, e as orações devem ser dirigidas a situações reais, que realmente precisam do nosso apoio espiritual". Não dá para ficar gastando energia com personagens de novela, por mais cativantes que elas possam ser.
E você, já caiu em algum boato desses? Já repassou alguma mensagem sem verificar direito? Acontece com os melhores, não se sinta mal. O importante é aprender com esses casos e, da próxima vez, pensar duas vezes antes de apertar o "encaminhar".
No fim das contas, a história da Odete Roitman nos ensina uma lição valiosa: na dúvida, pesquise. E se for sobre novela, melhor ainda — assista de novo no Globoplay e relembre os bons tempos!