
O que não falta por aí são imagens que voltam do passado para causar confusão no presente, não é mesmo? Dessa vez, a vítima da vez foi o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Uma foto que mostra ele — pasmem — fazendo compras numa loja em Nova York começou a circular feito rastro de pólvora nas redes sociais.
E o pior: com uma informação completamente equivocada. Dizem por aí que a imagem foi registrada em 2025. Sim, você leu certo: 2025! Como se o homem tivesse uma máquina do tempo no bolso.
A verdade por trás da foto
Pois bem, vamos aos fatos — aquela coisa chata que sempre desmonta as teorias mirabolantes. A tal fotografia, na realidade, foi clicada lá atrás, em 2018. Sete anos separam a data real da invenção que viralizou.
Detalhe curioso: na época, Petro nem era presidente ainda. Andava por Nova York como simples senador, participando de uma sessão da ONU. Nada de reuniões presidenciais ou compromissos oficiais do cargo que ocupa hoje.
Como a fake news se espalhou?
Ah, a internet… terra fértil para distorções e meias-verdades. A imagem ressurgiu agora com uma nova roupagem — e uma data completamente inventada. Circulou principalmente no X (antigo Twitter) e no Facebook, onde usuários menos avisados compartilharam sem conferir a fonte.
Alguns até usaram a foto para criticar — imagine só — as "supostas" viagens internacionais do presidente. Ironia das ironias: a imagem era legítima, mas o contexto, totalmente falseado.
Parece que virou moda pegar fotos antigas de políticos e reciclá-las com novas narrativas, não acha?
Por que isso importa?
Olha, pode parecer bobagem — uma foto aqui, uma data errada ali — mas o estrago que essas pequenas distorções causam é enorme. Criam uma realidade paralela onde fatos se tornam opcionais e qualquer coisa pode ser verdade, desde que esteja escrita na internet.
E o mais preocupante: desviam a atenção de questões realmente importantes. Enquanto discutem uma foto de sete anos atrás, deixam de debater políticas públicas, projetos de governo, coisas que afetam diretamente a vida das pessoas.
Como se proteger dessas armadilhas?
Desconfie sempre — mas sempre mesmo — de imagens que circulam sem fonte ou contexto claro. Uma busca reversa no Google leva segundos e pode evitar que você caia — ou espalhe — uma informação falsa.
Verifique a data de publicação original. Muitas vezes, a própria imagem traz pistas: roupas, cenários, elementos que não batem com a narrativa apresentada.
E o mais importante: na dúvida, não compartilhe. Simples assim. Espalhar desinformação, mesmo sem querer, só alimenta esse ciclo vicioso que tanto atrapalha o debate público.
No fim das contas, a lição que fica é velha conhecida: nem tudo que reluz é ouro, e nem tudo que viraliza na internet é verdade. Às vezes, é só uma foto velha ganhando nova vida — e causando confusão desnecessária.