
O que parecia ser uma luz no fim do túnel para milhares de brasileiros com diabetes se revelou uma armadilha perigosa — das que podem custar vidas, literalmente. A internet está sendo palco de uma fraude tão ousada quanto arriscada: um suposto "protocolo" para tratamento de diabetes que usa indevidamente o nome do presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. José Hiran Galli.
E olha que o negócio é convincente — tanto que já está circulando feito rastro de pólvora em grupos de WhatsApp e redes sociais. O documento, que parece oficial pra caramba, promete uma abordagem "revolucionária" e "definitiva" para controlar a glicemia. Só que tem um pequeno — enorme — problema: é tudo invenção.
O Perigo que Mora nos Detalhes
O CFM já soltou um comunicado urgente alertando a população. Eles deixaram claro que não compactuam com essa história e que o tal protocolo é uma farsa completa. Pior: seguindo essas orientações fraudulentas, pacientes podem:
- Abandonar tratamentos prescritos por seus médicos
- Colocar a saúde em risco com medidas não testadas
- Confiar em soluções milagrosas que não existem
- Comprometer anos de controle cuidadoso da doença
É aquela velha história — quando a esmola é demais, o santo desconfia. E nesse caso, a esmola vem em forma de cura fácil para uma condição complexa que exige acompanhamento constante.
Como Identificar a Fraude?
O documento falsificado tem algumas características que deveriam acender o alerta vermelho em qualquer um:
- Usa o nome e a imagem do Dr. Hiran sem autorização
- Promete resultados rápidos e "garantidos"
- Não cita estudos científicos ou referências confiáveis
- Circula principalmente em aplicativos de mensagem
Parece óbvio, né? Mas a verdade é que quando a gente está desesperado por uma solução — principalmente envolvendo saúde — a razão às vezes dá lugar à esperança. E é exatamente nesse terreno fértil que os golpistas plantam suas mentiras.
O que Diz o Verdadeiro CFM
O Conselho foi categórico: não existem protocolos milagrosos para diabetes. O tratamento dessa condição — isso eles reforçam — deve ser sempre individualizado, acompanhado por profissionais qualificados e baseado em evidências científicas sólidas.
"Mas e se for verdade?" — alguns podem pensar. Não é. Ponto final. Diabetes é coisa séria demais para brincar de roleta russa com a saúde.
E tem mais: o CFM já está tomando as providências legais cabíveis. Isso significa que quem está por trás dessa fraude pode responder criminalmente — e com razão, diga-se de passagem.
Proteja-se e Proteja Quem Você Ama
Se você receber esse ou qualquer outro "protocolo milagroso", a regra é clara:
- Não compartilhe — mesmo que seja "só para informar"
- Desconfie de promessas boas demais para ser verdade
- Consulte sempre seu médico antes de mudar tratamentos
- Denuncie ao CFM se identificar materiais fraudulentos
No fim das contas, a lição que fica é antiga, mas sempre atual: saúde não é jogo, e receita médica não se tira da internet. Cuide-se — de verdade.