
O mundo do futebol viveu momentos de verdadeira comoção nesta quarta-feira, mas a verdade é bem menos emocionante do que parecia. Sabe aquele burburinho nas redes sociais sobre a CONMEBOL, do nada, ter coroado o Palmeiras como campeão mundial de 1951? Pois é. Pura lorota. A realidade, infelizmente para alguns, é bem mais prosaica: as contas oficiais da entidade sul-americana foram alvo de um ataque hacker de respeito.
Parece coisa de filme, mas não é. Cibercriminosos invadiram os perfis da CONMEBOL e postaram essa história fantasiosa, que rapidamente – como tudo hoje em dia – viralizou. A rapidez com que uma inverdade dessas se espalha é, pra ser sincero, assustadora. Um minuto todo mundo está compartilhando a "boa nova", no outro, a conta oficial da entidade está lá, desmentindo tudo e explicando o ocorrido.
A CONMEBOL foi categórica. Através de um comunicado oficial, eles deixaram claro que nunca, em tempo algum, reconheceram ou pretendem reconhecer tal título. Eles foram diretos: "As contas oficiais da CONMEBOL sofreram um ataque cibernético... as publicações são falsas e não refletem a posição da instituição". Ponto final. Não há margem para dúvidas ou para aquela esperança teimosa que sempre surge nesses casos.
E aí a gente para e pensa: qual é o objetivo de uma jogada dessas? Será só para criar caos e confusão? Ou será uma tentativa mais sorrateira de minar a credibilidade de uma das instituições mais importantes do futebol? A verdade é que ninguém sabe ao certo. O que sobra é o estrago, que felizmente foi contido relativamente rápido pelo time de comunicação da CONMEBOL.
O caso do título de 1951 do Palmeiras é um daqueles debates intermináveis entre torcedores, um capítulo cheio de nuances na história do futebol. Mas é crucial separar o debate saudável da torcida da narrativa oficial – ou, no caso, da falta dela. A CONMEBOL nunca entrou nessa discussão e, pelo visto, não vai entrar.
O recado que fica, mais uma vez, é aquele que a gente teima em ignorar: desconfiem. Antes de sair compartilhando qualquer manchete bombástica que aparece no feed, principalmente envolvendo instituições grandes, respire fundo e procure a fonte. Checar a informação diretamente no site oficial da organização é sempre o caminho mais seguro. No ritmo alucinante das redes sociais, uma notícia falsa pode causar um estrago enorme em questão de minutos.
No fim das contas, a torcida palmeirense vai ter que continuar celebrando suas conquistas reais, que são muitas e gloriosas, sem precisar recorrer a um título que, oficialmente, simplesmente não existe no registro da entidade máxima do futebol sul-americano. E o resto de nós fica mais uma lição aprendida – ou pelo menos, deveria ficar.